Gabriel Ladislau da
Cunha Dias
Atualmente,
é comum nos corredores de universidades e grupos intelectuais, escutarmos
críticas adversas contra o Capitalismo, e os mesmos utilizam diversos pontos
para justificarem sua resistência contra a aceitação desse sistema, já que
atualmente enfrentamos a extrema pobreza, a concentração de capital nas mãos
de poucos, dentre outros. Entretanto, contrariando essas afirmações, a evolução
tecnológica em todos os âmbitos possíveis, como na medicina, indústria,
sistemas educacionais e na área bélica é total fruto do livre mercado.
Se observarmos em uma escala maior, ultrapassando a unidade de décadas, e
chegando aos séculos, a humanidade passou eras inteiras a beira da miséria,
onde a riqueza e o controle do rumo dos grupos sociais estavam nas mãos de reis
e líderes sem preparo e estudo nenhum. Sem a evolução do mercantilismo,
que por muitos econômicos é considerado o “pré-capitalismo”, a Revolução
Francesa (1789) e a 1ª Revolução Industrial (1750-1800), o mundo, por total
domínio do extremismo religioso e ignorância econômica, mataria a ciência e
seus avanços, e hoje provavelmente nosso planeta teria 90% menos habitantes; e
desses sobreviventes, a maioria não viveriam mais que 35 anos, garantindo seu
sustento por meio de plantações e meios de produções precários.
De acordo com Deirdre McCloskey, economista na Universidade de Illinois
(Chicado, EUA), considera como o motor do crescimento capitalista permitiu ao
planeta sustentar quase 7 bilhões de pessoas, comparado a 1 bilhão em 1800.
Basta multiplicar o aumento no consumo do ser humano médio pelo aumento em
expectativa de vida ao redor do mundo por sete (para 7 bilhões de pessoas
contra 1 bilhão de pessoas), a humanidade como um todo está melhor por um fator
de aproximadamente 120. Não se trata de 120% melhor, mas 120 vezes melhor em
relação a 1800.
Com base em uma pesquisa da ONU e outros órgãos sociais internacionais, a
quantidade de pessoas que vivem hoje com menos de 2 dólares por dia é menos da
metade do que era em 1990.
Portanto, com o Capitalismo diversas nações de todos os lados do mundo
estão interligadas, onde uma depende da outra, por um ponto, países extraem
matéria-prima e fornecem mão de obra, como Brasil, Índia, México, etc. Já
outros produzem através das matérias-primas, produtos dotados de tecnologia
para serem comercializados nacionalmente e internacionalmente. Dando a
oportunidade de nações que não tem recursos naturais de participarem do
processo, garantindo sua sustentabilidade econômica. De fato, sua existência
causou uma reestruturação mundial, que gerou várias adversidades, como a
desigualdade social e monopolização de mercado, mas isso faz parte do processo
de amadurecimento desse sistema econômico, que com o passar das décadas,
suprirá as necessidades do globo.
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