12 de novembro de 2018

O Capitalismo e sua espada de dois gumes

Gabriel Ladislau da Cunha Dias

Atualmente, é comum nos corredores de universidades e grupos intelectuais, escutarmos críticas adversas contra o Capitalismo, e os mesmos utilizam diversos pontos para justificarem sua resistência contra a aceitação desse sistema, já que atualmente enfrentamos a extrema pobreza, a concentração de capital nas mãos de poucos, dentre outros. Entretanto, contrariando essas afirmações, a evolução tecnológica em todos os âmbitos possíveis, como na medicina, indústria, sistemas educacionais e na área bélica é total fruto do livre mercado.
   Se observarmos em uma escala maior, ultrapassando a unidade de décadas, e chegando aos séculos, a humanidade passou eras inteiras a beira da miséria, onde a riqueza e o controle do rumo dos grupos sociais estavam nas mãos de reis e líderes sem preparo e estudo nenhum. Sem a evolução do mercantilismo, que por muitos econômicos é considerado o “pré-capitalismo”, a Revolução Francesa (1789) e a 1ª Revolução Industrial (1750-1800), o mundo, por total domínio do extremismo religioso e ignorância econômica, mataria a ciência e seus avanços, e hoje provavelmente nosso planeta teria 90% menos habitantes; e desses sobreviventes, a maioria não viveriam mais que 35 anos, garantindo seu sustento por meio de plantações e meios de produções precários.
   De acordo com Deirdre McCloskey, economista na Universidade de Illinois (Chicado, EUA), considera como o motor do crescimento capitalista permitiu ao planeta sustentar quase 7 bilhões de pessoas, comparado a 1 bilhão em 1800. Basta multiplicar o aumento no consumo do ser humano médio pelo aumento em expectativa de vida ao redor do mundo por sete (para 7 bilhões de pessoas contra 1 bilhão de pessoas), a humanidade como um todo está melhor por um fator de aproximadamente 120. Não se trata de 120% melhor, mas 120 vezes melhor em relação a 1800.
   Com base em uma pesquisa da ONU e outros órgãos sociais internacionais, a quantidade de pessoas que vivem hoje com menos de 2 dólares por dia é menos da metade do que era em 1990.
   Portanto, com o Capitalismo diversas nações de todos os lados do mundo estão interligadas, onde uma depende da outra, por um ponto, países extraem matéria-prima e fornecem mão de obra, como Brasil, Índia, México, etc. Já outros produzem através das matérias-primas, produtos dotados de tecnologia para serem comercializados nacionalmente e internacionalmente. Dando a oportunidade de nações que não tem recursos naturais de participarem do processo, garantindo sua sustentabilidade econômica. De fato, sua existência causou uma reestruturação mundial, que gerou várias adversidades, como a desigualdade social e monopolização de mercado, mas isso faz parte do processo de amadurecimento desse sistema econômico, que com o passar das décadas, suprirá as necessidades do globo.


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