Suzana de Luna Silva
Conhecida como "O mal do século XXI", a
depressão é uma doença moderna que acomete principalmente jovens de faixa etária
entre 14 e 20 anos, em conformidade com pesquisas realizadas pelo mundo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil contava com 5,8% da
população sofrendo de depressão em 2016, que corresponde em média, 11,5 milhões
de brasileiros. Ainda conforme a OMS (2016), entre os países da América Latina
o Brasil é o que possui maior número de pessoas com depressão e, além disso,
essa doença afeta 322 milhões de pessoas no mundo, fazendo com que a mesma
torne-se a segunda maior preocupação em termos de saúde pública no planeta até
então.
Convém frisar
que, a depressão se dá através de vários fatores e estão intrinsecamente
associados à dor emocional, sendo ela incomparável com a dor física e até mesmo
em relação às consequências que causam a mesma. Por vezes, o possível motivo de
uma pessoa ter depressão são traumas sofridos, advindos de abusos e violência
em geral e podendo ser causado também por frequentes eventos estressantes, como
um divórcio, gravidez ou problemas familiares. Em casos aparentemente isolados,
as mulheres têm mais tendência de desenvolver o distúrbio por conta da
instabilidade hormonal a que estão sujeitas, além de eventos estressantes como
o parto. O fato de idosos, na maioria dos casos, encontram-se socialmente
isolados, aumentando assim o risco de depressão nesta faixa etária.
A falta do
entendimento dos mecanismos biológicos e sociais que desencadeiam a depressão e
seus sintomas, fazem com que o indivíduo avaliado com depressão seja visto como
uma pessoa fraca, dramática e infeliz diante da sociedade, e esse estigma expõe
a ideia de que ele escolheu ficar assim e, portanto, só depende dele sair desse
quadro. Com isso, a depressão acaba sendo negligenciada tanto pela sociedade,
quanto pelos indivíduos que a tem, agravando cada vez mais tal adversidade, e
em muitos casos, levando ao suicídio, que atualmente conta com percentuais
relevantes nos noticiários.
Portanto,
medidas são necessárias para atenuar a problemática. É importante que a nação
preste a devida atenção e assistência frente a presença dessa doença, na qual
ganhou muito espaço na vida das pessoas atualmente, para que elas possam
receber o amparo necessário. Aliás, a compreensão da família e amigos é
essencial. Para tanto, mais informações acerca do assunto é relevante, como mais
comunicação nas mídias e palestras nas instituições de ensino e postos de saúde
para discutirem os mecanismos e sintomas da doença, a fim de instruir a
população de modo geral, para que assim haja intervenção sobre o caso e as
pessoas que se diagnosticam depressivas não sintam-se desamparadas na
sociedade, o que é de suma importância, já que a própria doença faz sentir-se
isolado. Além disso, o ideal seria o aumento da viabilidade de centros
especializados no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento da doença, de
modo que todos tivessem acesso de maneira menos burocrática, afinal, a urgência
que esses serviços demandam hoje em dia faz com que o auxílio em locais
públicos sejam essenciais para atender os menos providos de recursos em geral.
E como disse Augusto Cury, psiquiatra, professor e escritor de livros de
psicologia aplicada: "Nunca despreze uma pessoa deprimida, a depressão é o
último estágio da dor humana".
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