14 de maio de 2017

A Sociedade da Informação, Prioridades Invertidas

Ana Lucia Silva


Não é de hoje que a leitura tem sido um assunto comentado e discutido, isso porque os hábitos de ler foram modificados devido à introdução de novas tecnologias. As mudanças no cotidiano da sociedade modernizada e o fato de que um mundo que age racionalmente não consegue ter embasamento teórico é realmente controverso. Como se tornar uma sociedade com sabedoria e conhecimento se não procuram aprimorar aquilo que sabem e conhecer o lhe é estranho, ainda mais se considerarmos que vivemos em um mundo interligado e que vive em constantes transformações.

Qual seria, então, a importância da leitura para as pessoas atualmente? Para responder essa questão temos analisar quais benefícios a leitura trás. Não se pode afirmar que ela tem somente uma utilidade já que é um método de estudo e pesquisa, um ótimo hobby, além de ser comprovado cientificamente que ler faz desenvolver áreas do cérebro que costumam estar ociosas. Ler nunca vai fazer mal, pelo contrário, gastar trinta minutos com um livro não é nada mais que investir em conhecimento.

Atualmente, as pessoas têm-se encontrado com menos tempo, seus dias parecem mais curtos, perdemos a essência das verdadeiras prioridades e começamos a confundir informação e conhecimento. Mas como ler em um mundo repleto de informações e métodos para atrair nossa atenção? A parte mais difícil é realmente convencer uma pessoa a deixar de verificar, por exemplo, suas redes sociais por algumas horas para ler algo. Estamos tão acostumados a sermos coagidos a fazer aquilo que aparentemente apresenta um custo beneficio que exige menos esforço, que não percebemos que o verdadeiro valor será em longo prazo. Os grandes pensadores tinham base de suas teorias em documentos e manuscritos, nem que fosse para criticar e apontar erros eles liam para saberem do que comentavam.

Podemos, dessa forma, afirmar que a leitura além de nos permitir conhecer uma diversidade de cenários, melhora o vocabulário e nos fornece, mesmo que por algumas horas, um refúgio. Um equilíbrio entre a vida corrida e um espaço para leitura é essencial para um progresso interno. Por fim, podemos responder a questão inicial: para que possamos continuar progredindo da forma que estamos e descobrir novas coisas é preciso ler, porque sem isso ficaremos estagnados e sem saber para onde ir. Ler foi o que fez com que a humanidade chegasse ao patamar em que esta hoje e, portanto, será os degraus que sustentam a sociedade no decorrer dos próximos anos.

Resenha do livro “A Metamorfose”

Vinícius Dutra Sammarone

Título: A Metamorfose
Autor: Franz Kafka
Número de páginas: 34

Primeiro parágrafo - Apresentação:

O livro foi escrito por Franz Kafka, escritor tcheco com fluência em alemão. A obra foi lançada em 1915 e aborda sobre a vida de Gregor Samsa, personagem principal, que se sente oprimido pelo trabalho e pelo desprezo da própria família.

Gregor Samsa é um caixeiro-viajante que se sente sobrecarregado pela profissão e desmotivado pelo dia a dia cansativo das atividades laborais que cumpre rigorosamente; sente-se reduzido a um inseto. Mantém-se no emprego para pagar as dívidas dos pais, sentindo-se oprimido pelo trabalho e pela família. O trabalho o toma mentalmente e está acima de suas próprias condições humanas.

O caixeiro-viajante, numa determinada manhã, acorda com dores no corpo, sentindo-se impossibilitado a cumprir a sua rotina de trabalho. Mesmo pressionado pela família e pelo gerente da firma à porta de seu quarto, não encontrava forças para se colocar de pé e pronto para encarar as pessoas e as obrigações do trabalho.

Na descrição do texto Gregor sofre uma metamorfose, tornando-se num inseto incapacitado para o trabalho e atividades humanas. Perante o seu estado, houve estranhamento e repulsa por parte da família e do gerente da firma. Grete, sua irmã, apesar de ter soluçado quando Gregor encontrava-se abatido e trancado no quarto, estava ausente na missão de trazer um médico que o socorresse e, sua ausência, fazia falta a Gregor no momento em que ele necessitava se justificar ao gerente.

Gregor, devido a seu estado, torna-se num estorvo assustador na casa. Horas depois, Gregor é isolado e trancado em seu quarto, a vinda do médico é dispensada. Gregor passa a ser tratado com distanciamento e certo nível de desprezo. Grete Samsa, inicialmente, presta uma atenção distanciada do irmão. Devido ao seu espanto e temor deixa restos de alimentos da família no quarto do irmão e, pouco a pouco, investiga o que lhe agrada a ser como um inseto. A irmã era responsável por mantê-lo alimentado, ela suspirava, invocava aos santos, percebia o que ele realmente comia, porém com o pesar que recaía sobre toda a família (mãe, pai e irmã). A família acaba deixando Gregor isolado no quarto e só sua irmã se preocupa em levar-lhe diversos tipos de comida, tentando adivinhar qual lhe agradará. Sua mãe tem medo e nem quer vê-lo.

Gregor, que tinha assumido as despesas do lar como caixeiro-viajante, passou a ser oprimido para manter as obrigações da casa. O pai tem que buscar um emprego de contínuo e a menina também acha um trabalho de balconista. Gregor Samsa sobrevive em seu quarto, cada vez mais afastado da natureza humana, embora ainda preocupado com o destino de sua família. Gregor agora era um inseto e sentia a perda do afeto dos pais em relação a ele, o mesmo afeto se perdia em relação à irmã. Grete Samsa cuida do irmão de maneira distante, sem buscar uma real solução, pois não suportava vê-lo num corpo de inseto, para não a escandalizar. Gregor se refugiava sob o canapé para não ser visto por ela e por ninguém.

A irmã havia resolvido retirar todos os móveis do quarto de Gregor, para que ele tivesse todo o espaço que um inseto necessita ter. A mãe discordou decidindo manter os móveis na esperança que Gregor, um dia, retornasse à condição humana. Grete insistiu e retirou o armário, deixando as paredes livres. Gregor circularia livremente pelas paredes do quarto, intimidando a entrada de todos em seus aposentos. A sua irmã, se dirigia ao cômodo mais para cumprir tarefas de “manutenção” do que para prestar algum tipo de afeto ou atitude em favor de seu irmão.

Pouco a pouco, Gregor passou a se sentir maltratado e a família passou a se virar financeiramente para cobrir as faltas da renda de Gregor, um inseto desempregado. Gregor sente a rejeição da irmã que, antes de sair para trabalhar, deixava em seu quarto qualquer alimento às pressas. Gregor ao incomodar os inquilinos da casa (a família tentava manter na casa uma pensão para conseguir uma renda complementar), torna-se alvo da expulsão por parte da própria irmã.

Nas palavras de Grete Samsa conclui-se o seu desprezo pelo irmão: “É preciso que isso vá para fora”. No fim, Gregor, um inseto muito ferido e isolado, morre sem gerar compadecimentos profundos na casa, todos passam a pensar em seus empregos e em suas próprias vidas.

Morrendo, é jogado no lixo. A família se sente livre e começa a fazer planos para casar a menina. Pode-se dizer que nessa hora Kafka inventa o realismo fantástico (ao apresentar em um contexto real um fato fantástico) e dá, também, alguma mostra do expressionismo em que se baseariam outras de suas histórias, como "O Processo", por exemplo, em que há a importância das posturas e movimentos dos personagens para criar o clima de pesadelo caracterizando suas obras.

Segundo Parágrafo:

Gregor Samsa foi o personagem escolhido, no qual o mesmo manifesta seu descontentamento com sua realidade e a falta de vontade em continuar com sua rotina, devido à sua enorme insatisfação de maneira geral.

Terceiro parágrafo:
O livro não tem uma situação similar com minha vida pessoal e profissional, tendo em vista que minha rotina traz satisfação pessoal e profissional, com contentamento pelo que venho realizando, inclusive a satisfação maior pelo curso que venho realizando na faculdade.

Quarto Parágrafo:

O livro tem uma avaliação positiva de forma geral, mostrando uma situação muito comum nos dias de hoje com a maioria das pessoas, principalmente jovens. Eles não têm uma satisfação e motivação pela rotina que lhe é seguida, sendo assim uma situação impactante e gerando impacto nas pessoas que sofrem com esse problema. O público-alvo principal de acordo com o livro é o jovem, devido sua situação de vida momentânea e descontentamento geral como mencionado no início do parágrafo. A reflexão referente ao livro é válida para enxergar as situações que podem estar presentes na rotina de muitas pessoas e buscar uma diferente forma de solucionar tal situação.

A Vida e suas metamorfoses

Taynara Tosarelli

Título do Livro: A Metamorfose
Autor: Franz Kafka

A obra “A Metamorfose” foi escrita no ano de 1912 por Franz Kafka e publicada em 1915; no ano de 1956, foi publicada no Brasil. Em sua obra, Kafka faz um desabafo através de seu personagem Gregor Samsa, sobre problemas sociais. A mensagem principal que Kafka nos passa em seu livro é a visão interesseira de pessoas ao nosso redor. Enquanto Gregor era eficiente, prestava serviços, ajudava sua família, tinha o que oferecer à todos, todos gostavam de tê-lo por perto. Mas, quando Samsa começa a passar por uma fase de transformação em sua vida, em que é incapaz de realizar qualquer tipo de atividade ou tarefa, o personagem é comparado a um inseto insignificante e inválido, pelo fato de não ter mais o que oferecer.

Gregor Samsa, é um personagem que representa muitas pessoas dentro de uma sociedade. Como quando nos sentimos depressivos, nos sentimos mal com algumas circunstâncias que aparecem para nos afligir e todos que estavam ao seu redor somem, sem prestar ajuda, sem se comunicarem para saber o que acontece. O personagem se sente sozinho e inválido, assim como nós nos sentimos quando acontece algo semelhante a isso.

Essa obra se encaixa nos dias atuais pelas vezes em que nos sentimos esgotados emocionalmente como Gregor e as pessoas que vivem ao nosso redor se afastam nos momentos em que não temos o que oferecer para beneficiá-las.

“A Metamorfose” é uma obra bem elaborada, são usadas gírias da época em que foi escrita, mas de fácil interpretação; um romance curto com um conteúdo para ser refletido em discussões e debates. O autor usa suas obras como um pequeno desabafo em suas críticas sociais, em especial na obra citada acima. A relação entre seus personagens e a vida real é incrível, colocando seu ponto de vista e encantando a todos que a lêem.