5 de setembro de 2017

O trabalho e suas três sílabas

Douglas Massicano


A partir de três palavras-chave, o tema propõe como base o propósito, o sentido e o reconhecimento dos quais uma pessoa possui em sua vida profissional.

Pode-se notar verdadeira a ideia de que o homem necessita de um propósito para as suas tarefas diárias, como preconizado por Marx e Hegel. O sentido envolto naquilo em que é feito é de extrema importância, pois de nada adianta ter um propósito se o mesmo não tem sentido em sua vida. Logo, isto possibilita identificar se estamos fazendo algo que gostamos e que achamos “correto” em nossa vida.

Outrora, o termo reconhecimento - que não era visto como algo essencial – passou a ser uma necessidade básica do ser humano, onde o mesmo possui seu propósito e sentido, querendo ser reconhecido por suas decisões e feitos.

Vê-se atualmente grande parte das instituições focando nos propósitos, sentidos e reconhecimentos do trabalhador. Contudo, nem todas as organizações pensam desta forma.


A solução seria formar grupos profissionais dedicados a alcançar seus objetivos, todavia, sendo eles retribuídos moralmente, financeiramente e com a qualidade à altura das responsabilidades impostas.

O propósito

Mateus Freitas da Silva


 O livro Porque Fazemos o que Fazemos?, do autor Mário Sergio Cortella, apresenta uma análise sobre a nossa vida pessoal e profissional e a importância da integração entre colaborador e empresa. Nos primeiros capítulos, especificamente, é mostrado a importância do propósito em nossas vidas, sendo este o tema que gostaria de discutir.

 Um dos capítulos dessa obra, denominado Odeio Segunda-Feira, remete um pouco sobre a questão que irei abordar. A segunda-feira é o dia da semana cuja maioria das pessoas não gostam, já que este dia é marcado pela volta da rotina e seus problemas. Os escritórios amanhecem cheios, com novos relatórios, novas demandas e novas equipes. Tudo isso faz parte de uma rotina já conhecida por muitos e o que destaca as pessoas no meio deste cotidiano é o propósito que elas possuem.

 O propósito é fundamental, assim como destaca o livro, pois uma pessoa que não visualiza um futuro com propósitos e que não se enxerga na função que exerce, provavelmente está vivendo uma vida monótona, pois está sendo “carregada pelas ondas sem saber em qual praia cairá”.

A falta de propósito gera desmotivação e esta pode ser invertida caso a empresa ajude o funcionário. Entretanto, é preciso deixar claro que a empresa não pode motivar ninguém, pois a motivação surge de dentro do individuo. Sendo assim, a organização pode agir como um fator de estímulo externo.

O estímulo externo que a empresa deve oferecer é proporcionar um ambiente adequado para o individuo se autodesenvolver. Neste caso, o ambiente deve ser o mais acolhedor e positivo possível. Quando o funcionário tem conhecimento de seu trabalho e de sua importância, ele é apto a se desenvolver e crescer, pois a partir do entendimento de seu trabalho como um todo, ele é capaz de se encontrar naquilo que faz. Tudo passa a ser menos monótono.

Como resultado do esforço da empresa e do colaborador, esse último acaba encontrando o seu propósito na vida e em seu trabalho, sabendo assim, exatamente em qual “praia chegará”.