11 de novembro de 2016

Escutando Comunidades (16/06/2016 – 19/06/2016)

Tudo começou quando a minha colega de classe Carol, que também faz parte do TETO, me contou sobre uma atividade que iria acontecer, chamada: “ECO” (Escutando comunidades). Fizemos a inscrição, que se encerrou em cerca de 4 horas, era uma atividade muito visada e não tínhamos a menor dimensão.  Ao ler o e-mail informativo sobre como seria a atividade, o que mais nos preocupava era a observação de “NÃO HAVERÁ BANHO”, 3 dias de atividade sem banho.
       Sexta à noite, dia do envio, parecia que tudo começava a dar errado, o envio estava marcado para às 19 horas e às 21 horas tínhamos nossa última prova de cálculo. “Vamos para a faculdade de malas e damos um jeito de irmos depois”, foi o que a Carol me disse; o que não daria certo, pois a comunidade em que nos escalaram, era a comunidade em que já trabalhamos como equipe fixa, a Malvinas, localizada em Guarulhos, o que significa ser bem longe da faculdade.
Fizemos a prova às pressas e demos um jeito de atrasar o envio, pegamos um “uber” que foi diretamente pra escola correndo e passando em semáforos vermelhos, chegamos. 23horas, último ônibus a sair do Jardins, destino: Malvinas. Ficamos alojados em uma escola infantil, localizada perto da comunidade, muito bem organizada e colorida. Nos dividimos pelas salas de aula que usaríamos como dormitórios e começamos a montar nossos sacos de dormir e colchões infláveis. Eu e a Carol não levamos, e tivemos de usar alguns colchonetes que por sorte tinham na escola. Fez muito frio na primeira noite, foi bem difícil pegar no sono e haviam cerca de 20 voluntários na mesma sala.
        Sábado, acordamos às 6h30 da manhã, nos arrumamos, tomamos café e fizemos uma pequena capacitação sobre como seria a atividade. Teríamos que aplicar aos moradores uma enquete socioeconômica e com questionamentos sobre as dificuldades e evoluções da comunidade. Essa enquete é realizada a cada dois anos como forma de medir o trabalho realizado e em conjunto é feito uma enquete de designação para os moradores que mostram interesse nas casas emergenciais que o TETO constrói.         
        Antes de partimos para a comunidade, realizamos uma “formação”, que são as dinâmicas elaboradas pelos voluntários que organizam o evento, com o intuito de discutirmos e refletirmos sobre as dificuldades que essas pessoas lidam, enxergar nossos privilégios e a importância do trabalho que realizamos. Foi pedido então, que anotássemos em um papel as 3 últimas vezes em que utilizamos o CEP da nossa casa para efetuar alguma ação. Eu escrevi: - Abertura de conta em banco; - Inscrição para curso de excel; - Compra online. Guardei o papel e fomos para a comunidade.    
        Foi uma grande surpresa pra mim, eu que já trabalho na Malvinas, estou lá todos os domingos, imaginava conhecer grande parte dos moradores, assim como o conhecimento das maiores dificuldades/obstáculos deles, o que foi um grande engano; pelo mapeamento fiquei responsável por uma área na qual eu nunca havia pisado, nem sequer sabia que existia aquela parte da comunidade. A Malvinas hoje, possui cerca de 424 famílias habitantes.     
        Começamos a aplicação da enquete, éramos uma equipe de 6 voluntários e um líder que havia passado a capacitação e agora nos direcionava conforme o mapeamento. O TETO trabalha na Malvinas há 2 anos, grande parte da comunidade já nos conhecem e conhecem o nosso trabalho, já houve construções de casas, e no ano passado, construímos o centro comunitário, onde implantamos diversos projetos, principalmente voltados para a educação. Por conta da existência deste conhecimento, a recepção dos moradores é muito positiva, muitos nos chamam para entrar em suas casas, tomar um café, agradecem pelo trabalho, nos idealizam como anjos; entretanto alguns ainda demonstram uma resistência por não acreditar que alguém possa querer ajudar sem algo em troca. “É ano de eleição, né?”, foi o que eu mais ouvi.      
        Foi uma manhã longa batendo de porta, dialogando de vida a vida, ouvindo histórias do coração. Uma pausa a tarde para o almoço, na casa de uma moradora. Marina, moradora da Malvinas, faz de tudo para ajudar o trabalho do TETO na comunidade, é mãe da Hadassa de 4 anos, e se dedica sempre no centro comunitário, recentemente, ela teve a ideia de dar aulas sobre ética e moral. Após o almoço, voltamos ao trabalho, aplicando as enquetes. Fui até a casa de uma senhora que mora ao lado de um córrego, quando a perguntei qual era o maior problema que ela enfrentava, ela respondeu: “- Moça, quando chove, entra “bosta” na minha casa.”        
        Final de tarde, voltamos para escola, dialogamos em uma formação sobre a importância de ter um CEP, de se sentir cidadão e com direitos, e do quão grande é a dificuldade dessas pessoas que não possuem, com coisas básicas, que nós jamais refletimos; como cuidado médico, conta bancária, emprego, estudo e todas as questões que necessitam de algum tipo de registro. Ao perguntar para algum morador da Malvinas sobre o endereço, eles respondem sempre com um ponto de referência: “atrás da pedra”, “perto da Rua dos eucaliptos”, “antes do bar de fulano.”
        Domingo, acordamos cedo e logo saímos para visitar o restante das famílias, aos domingos acontece o projeto de educação, então, as crianças nos veem e correm ao nosso encontro, questionando sobre o projeto, se vai haver mesmo, é um compromisso marcado que elas esperam a semana toda.
Apesar das crianças terem uma faixa etária de 0 a 14 anos, todas são muito parecidas. Recebi uma carta da Ketlyn de 6 anos, nela continham vários desenhos e uma mensagem de:” Tia, eu amo você!”.
      Visitei a casa de um morador muito esforçado, faz curso de elétrica e ele próprio construiu sua casa de alvenaria. Perguntei se ele tinha algum interesse em auxiliar na comunidade, ajudar o trabalho do TETO e os moradores, pois precisamos muito dos moradores colaborando para o trabalho funcionar. Ele então me respondeu que já tentou ajudar até demais a comunidade, mas foi por várias vezes ameaçado de morte por suspeitarem que na verdade ele queria tomar algum tipo de liderança comunitária, não para ajudar, mas sim pois existe uma hierarquia dentro da comunidade com o envolvimento de drogas, e ele foi uma ameaça às pessoas envolvidas no tráfico.Com isso ele resolveu se afastar de qualquer envolvimento dentro da comunidade e apenas cuidar de si próprio.
Por aí podemos refletir sobre a questão da violência na comunidade, o medo e a segurança dos moradores, quem faz as leis ali dentro, tal qual a educação que as crianças de lá estão tendo, vivenciando essa guerra de poder. 
        Dia longo e produtivo, voltamos de tardezinha para a escola, todos cansados, porém cheios de histórias para compartilhar. Fizemos rodas para debater e expor sobre o dia, levantar questionamentos e reflexões sobre tudo o que presenciamos. O maior problema levantado, foi a questão do banho. “-Estou há quatro anos sem saber o que é tomar um banho quente no meu próprio chuveiro”, foi o que ouvi mais cedo de um morador. Trabalhar no TETO, realmente é sair do casulo da minha rotina, da minha área de conforto, cheia de privilégios e cercada de pessoas bem sucedidas.
        Última formação antes de retornarmos para casa, chamava-se: “VOZES DA COMUNIDADE”, todos demos as mãos em um círculo e fechamos os olhos, a cada segundo, cada um ia reproduzindo frases ouvidas dos moradores, frases impactantes que fizeram todos desabarem em lágrimas. Choramos. Choramos muito... As frases mais recorrentes eram sobre abuso, estupro, violência doméstica, as mulheres da Malvinas sofrem, sofrem demais.          
        Fui para casa, só pensando em chegar logo, ver minha família, minha casa, minha cama... Cheguei, tomei banho e chorei, chorei feito criança. Eu sou muito privilegiada e grata por isso.    
             



Bruna Saito

TÓQUIO 2020 E SEUS NOVOS ESPORTES

Durante muitos anos, muitos esportes tentam integrar os Jogos Olímpicos, um evento global que já envolve diversas modalidades para competição. Porém, apenas alguns deles são selecionados para cada edição. Para próxima, em Tóquio 2020, entraram somente cinco modalidades são elas o Surfe, Skate, Beisebol, Karatê e Escalada.
A cada quatro anos, o Comitê Olímpico Internacional (COI) faz uma triagem de novos esportes para ingressar nos Jogos Olímpicos. Isso vai de acordo com o país sede da edição, pois depende de diversas situações desde o clima que predomina até sistema geográfico. Também, se existe um esporte tradicional no país sede, o Comitê do mesmo pode tentar incluir seu esporte para competição, sendo que teriam mais chances. Essa situação pode se fazer para os demais países, sabendo que cada nação tem seu próprio Comitê Olímpico.

As cinco modalidades incluídas para Tóquio 2020 somarão 18 novas medalhas e 474 atletas participantes. Portanto, dos 28 esportes da Olimpíada Rio 2016 vão virar 33 em Tóquio 2020. A audiência jovem certamente aumentará, pois dessas cinco modalidades duas são de público jovem e outras duas são tradicionais no Japão. Assim, proporcionará mais expectativas por medalhas e mais emoção por cada país.

Marcus Vinnicius 

8 de novembro de 2016

Os benefícios do café

É popularmente conhecido que o café dispõe mais disposição e melhora o desempenho, a bebida acelera o sistema nervoso central, com isso a pessoa se sente mais enérgica e alerta. Porém os efeitos do café não se limitam apenas a te deixar acordado por mais tempo, o consumo dessa iguaria trás vários benefícios, cientistas tem estudado os efeitos da cafeína por anos e descobriram muitas coisas interessantes.
Por exemplo, o café faz bem para a memória e consequentemente reduz o risco de doenças como o Alzheimer, foi chegada a essa descoberta após um estudo feito na Universidade Johns Hopkins de Baltimore, EUA. O estudo testou a memória de 160 voluntários por 24 horas e nele estavam incluídas pessoas que não tomavam café com frequência. Durante o experimento, foi observado que os voluntários que tomaram comprimidos de cafeína tiveram um resultado melhor do que aqueles que não tomaram. Michel Yassa, líder do estudo, concluiu que a cafeína ajuda no processo de consolidação da memória, porém não ajuda na recuperação de memória.
No estudo publicado pelo British Medical Journal consta que motoristas que consomem café correm menos risco de se envolver em acidentes, mas já é bom alertar que o efeito estimulante do café não deve ser considerado como um substituto do sono. Os cientistas acompanharam cerca de 1050 motoristas e cada um deles devia dirigir um caminhão de 10 toneladas percorrendo com ele uma distância de 200 km, dentre esses motoristas, um pouco mais da metade já havia se envolvido em um acidente de trânsito. Foi considerado peso, consumo de álcool, rotinas de trabalho, exercícios e sono dos voluntários e os resultados mostraram que os motoristas que consumiram café tinham uma probabilidade 63% menor de dormir ao volante.
Também foi constatado que o consumo de café pode reduzir o risco de suicídio, os cientistas envolvidos no experimento são da Escola Pública de Saúde da Universidade de Harvard. Foram analisadas três grandes pesquisas feitas nos Estados Unidos entre 1988 até 2008 e os mais 200 mil participantes foram divididos entre consumidores de café e, claro, os não-consumidores. Foi revelado que as chances de suicídio caíram pela metade entre os adultos que consumiam entre duas a quatro xícaras de café por dia, isso acontece, pois como a cafeína estimula o sistema nervoso central ela acaba agindo como um antidepressivo com o aumento da produção de neurotransmissores no cérebro. Porém os cientistas também disseram que o consumo exagerado de café pode causar efeitos colaterais em pessoas depressivas.
Uma das doenças mais temidas pelo ser humano também pode ser evitada pelo café, o câncer. O estudo foi feito pela University of Southern California de Los Angeles e nele foi concluído que beber três xícaras de café por dia pode reduzir a chance de câncer no fígado em até 29%, o consumo de quatro xícaras de café aumenta a porcentagem para 42%. O estudo incluiu 179.890 pessoas nos EUA e os voluntários foram acompanhados por 18 anos para que os cientistas analisassem o comportamento das pessoas e o quanto de café elas consumiam. Dentre outros tipos de câncer que o café ajuda a combater podemos citar o câncer de próstata, pois de acordo estudo da Escola Pública de Saúde da Universidade de Harvard, homens que tomam seis ou mais xícaras de café por dia apresentaram uma redução de 60% de contrair a doença, e também o câncer de mama de acordo com pesquisa da Breast Cancer Research, os cientistas analisaram o caso de 6000 mulheres que já tinham entrado em menopausa e dentre as que tomavam cinco ou mais xícaras de café, o risco de câncer de mama era reduzido em 57% comparado às mulheres que não tomavam mais que uma xícara.
Outra doença que o café ajuda a combater é a diabetes tipo 2, em mais um estudo da Escola Pública de Saúde da Universidade de Harvard os pesquisadores concluíram que o consumo de ao menos uma xícara de café já é o suficiente para reduzir o risco de adoecer em 11%, a pesquisa examinou dados de 100000 pessoas ao longo de vinte anos e as que tinham o costume previamente descrito apresentaram esse melhora, ao contrário daqueles que não tinham o hábito de tomar café, essas pessoas elevaram o risco de contrair diabetes em até 17%.

Inúmeras descobertas sobre os benefícios do café e da cafeína foram feitas ao longo dos anos e aqui estão só algumas delas, além de um ótimo estimulante e extremamente relaxante, o café é também um grande aliado no combate de inúmeros problemas não só do corpo humano como também do dia-a-dia, afinal é sempre bom tomar uma xícara de café para relaxar ainda mais depois de todas essas descobertas.

Larissa Tavares 

A importância da leitura

Atualmente no mundo em que vivemos estamos cercados de textos informacionais, comerciais, virtuais, entre outros.
Muitos desconhecem a leitura relaxante e rica de informações que existe tão próxima a nós por falta de divulgação ou influência.
São hábitos que muitos não adquiriram por falta de conhecimento de como a leitura pode ser benéfica em nossas vidas.
Através da leitura nos conectamos a um mundo novo e cheio de surpresas. Em apenas um livro podemos conhecer a experiência, a vida de uma pessoa e sentimentos que muitas vezes não são captados através de imagens. Também coletamos conhecimentos que não temos acesso, como culturas, tradições, religiões e hábitos de outras sociedades ou de povos já extintos.
Nos dias atuais de globalização, trabalhar com estrangeiros ou mesmo trabalhar em outros países tornou-se frequente. Mas o fato de conhecer outras culturas evita alguns constrangimentos causados por ações indelicadas ou impróprias.

Um fato simples de obter esses conhecimentos poderá mudar um ambiente de trabalho, momentos, como entrevistas e acordos, a sobrevivência, entre muitas outras coisas.

Larissa Tavares