O português é o
resultado da transformação do latim vulgar (uma das variantes da língua romana)
e do galego (falado na província da Galícia - hoje em território espanhol).
Essas línguas sofreram muitas transformações ao longo do tempo e só no século
XIII foi publicado um texto mais próximo do que hoje consideramos a língua
portuguesa. O idioma falado no Brasil sofreu ainda várias influências, como as
dos povos africanos e indígenas.
“Eu
coloro este desenho?”.
Ninguém diz “eu
coloro este desenho”, ou diz?. Bem, se disser, não deve mais dizer, porque o
verbo colorir é defectivo (defeituoso) e não aceita a conjugação da primeira
pessoa do singular do presente do indicativo. O mesmo se dá como verbo
“abolir”. Ninguém diz – ou não deveria dizer - “eu abulo”.
Então, para dar um
jeitinho, diga: “Eu vou colorir esse desenho”; “Eu vou abolir esse
preconceito”.
Outro verbo
complicado é “computar”. Não podemos conjugar as três primeiras pessoas:
eu computo, tu computas, ele computa. Fica bem estranho, não é mesmo? Então,
para evitar esses mal-entendidos, decidiu-se pela proibição da conjugação
nessas pessoas. Mas se conjugam as outras três do plural: computamos,
computais, computam.
Para não dizer
que não falamos das flores...
POLÍTICA: O correto é
dizer “deputado por São Paulo”, “senador por Pernambuco”, e não “deputado de
São Paulo” e “senador de Pernambuco”.
MASCULINO ou
FEMININO? A palavra dó (pena) é masculina. Portanto, "Sentimos muito dó
daquela moça".
INFARTO ou ENFARTO? A
confusão é grande, mas se admitem as três grafias: enfarte, enfarto e infarto.
A PRESIDENTE ou A
PRESIDENTA? Pode parecer estranho, mas as duas formas estão corretas, usa-se
tanto “A presidente” quanto “A presidenta” como substantivo feminino.
COSTAS ou COSTA? Para
quem acha que se referir à parte do corpo humano como “Costas” está errado,
engana-se, pois está correto. “Costa” é o litoral de um país.
INFLIGIR ou
INFRINGIR? O verbo “infligir” significa “aplicar uma pena”. Já o verbo
“infringir”, é violar uma lei ou norma.
EMIGRANTE ou
IMIGRANTE? Aquele que saí do próprio país é um “emigrante” e aquele que entra
em um país estranho é um “imigrante”.
A MORAL ou O MORAL? O
conjunto das normas de conduta - os princípios que regem os bons costumes de
uma sociedade e que são válidos - é denominado de “A Moral”. Quando diz
respeito ao ânimo, à disposição e ao estado de espírito das pessoas,
denomina-se de “O Moral”.
DISTRATAR ou
DESTRATAR? Quando alguém não cumpre um trato, desfaz o que havia combinado, o
correto é o uso do verbo “Distratar”. Quando alguém ofende ou é ofendido,
maltrata ou é maltratado, o correto é o uso do verbo “Destratar”.
E falar “A GENTE”
está correto ou apenas devemos fazer uso do “NÓS”?
As duas formas estão
corretas e dependem da ocasião em que são empregadas. A gramática tradicional
considera apenas a existência dos pronomes pessoais eu, tu, ele, nós, vós e
eles. Assim, quando fazemos o uso da norma culta, é exigido o “nós”. O pronome
também é recomendado para situações formais de uso da língua - como um
seminário acadêmico. Já na comunicação informal, "a gente" é
perfeitamente aceitável desde que venha acompanhado pelos verbos na terceira
pessoa do singular.
Descobriu a resposta?
Usa-se PORQUE, junto e sem acento circunflexo, quando introduzimos uma
explicação ou uma causa. Por exemplo:
·
Não fale alto porque o bebê está dormindo (Explicação)
·
Não foi à aula hoje porque estava com febre (Causa)
Tratando-se da língua portuguesa, a gramática e suas normas, muitos se
arriscam na sorte, pois existem diversas regras, algumas mais complexas e
outras nem tanto, que confundem grandiosamente e tendem a ficar esquecidas na
época do ensino fundamental e médio.
Cabe, aqui, ajudar a esclarecer
algumas das dúvidas existentes no cotidiano dos escritores e principalmente,
dos não escritores.
Começaremos pelo uso dos “Porques”:
·
Você sabe quando usamos POR QUE, separado
e sem acento circunflexo? Nos casos abaixo:
Nas frases interrogativas,
quando estiver escrito no início e quando equivaler à razão, ao motivo
e à causa. Por exemplo:
1.
Por que você não lavou a louça?
2.
Por que você brigou com ela?
3.
E as meninas, por que não vieram conosco?
Quando há como substituí-lo por pelo qual, pelos quais, pela
qual, pelas quais. Por exemplo:
1.
Os caminhos por que percorri foram muitos (Os caminhos pelos
quais percorri foram muitos).
Após os vocábulos eis e daí, subentende-se
um motivo. Por exemplo:
1.
Daí por que não aceitei seu pedido de desculpas
(Daí o motivo por que não aceitei o pedido de desculpas).
2.
Eis por que estou tão alegre (Eis o motivo
por que estou tão alegre)
·
E você sabe quando usamos POR QUÊ,
separado e com acento circunflexo? Nos finais de frases que tenham apenas
um ponto (final, interrogativo, exclamativo...). Por exemplo:
1.
Você levantou só agora por quê?
2.
Não me pergunte outra vez, já disse que não sei por
quê!
·
Quando se usa PORQUÊ, junto e com
acento circunflexo? Quando for usada como substantivo e for antecedida por
artigo. Por exemplo:
1.
Não entendi o porquê de sua atitude tão grosseira.
2.
O porquê da discussão não foi esclarecido até
agora.
3.
Contaram a ela o porquê de sua demissão.
·
E quando se usa PORQUE, junto e sem
acento circunflexo?