Jonathan
Andrade
A tecnologia tem favorecido relações em todo o mundo,
facilitando e encurtando a comunicação social para a interatividade de diferentes
sociedades. Essa presença da tecnologia devido à globalização, gera uma
disseminação de informações que são de suma importância para a evolução do
próprio ser humano, a fim da convivência social. Porém, a problemática é: como
incluir e aproximar a tecnologia, da qual muitas vezes é de difícil acesso, do
pobre que não tem condições favoráveis para tal circunstância, em uma possível
utopia de reduzir ao máximo a pobreza através do fornecimento de informações pelo
meio tecnológico?
Pobreza é uma definição cujo conceito varia conforme a
mudança de preços dos produtos ou bens e serviços no mercado de trabalho. O
governo define uma família como pobre quando esta, somada sua renda total, não
está dentro da renda mínima (previamente calculada) para desfrutar
substancialmente dos bens da vida.
Estudos do Banco Mundial apontam que, a revolução digital
aumenta as desigualdades entre os mais ricos e os mais pobres. Gregory N.
Mankiw, em seu livro “Introdução à Economia” diz que essa falta de avanços na
redução da pobreza nas últimas décadas está estreitamente relacionada à má
distribuição de renda.
Porém, essa má distribuição mencionada de nada
relaciona-se com a questão apontada da pobreza. Por exemplo: imagine que haja
uma redistribuição de renda onde os mais ricos são taxados para os mais pobres
ganharem dinheiro. Certamente, a maioria dos pobres estariam felizes, ou seja,
há uma maximização da utilidade, que segundo Jeremy Bentham, é a ética do
utilitarismo. Por outro lado, isso faria com que os ricos perdessem o interesse
e o esforço em trabalhar cada vez mais; e por isso estagnar-se-iam no tempo,
trabalhando o suficiente para se manter e ter uma boa vida, logo, fazendo com
que a economia não crescesse conforme sugere o capitalismo.
Os libertários, assim como Robert Nozick, propõem que o
governo deveria punir os crimes e fazer valer os acordos voluntários, mas não
redistribuir a renda, pois da mesma forma que o processo de distribuição de
renda é injusto, a redistribuição também o será. Uma frase que resume esse
ponto de vista é: “Quanto mais igualmente o bolo for dividido, menor ele torna-se”.
Contudo, os libertários acreditam que é mais importante a
igualdade de oportunidades do que a igualdade de rendas, ou seja, o governo
deveria garantir que todos tenham a mesma oportunidade de usar seus talentos e
ter sucesso.
A tecnologia pode ser o ponto-chave nesse quesito de
diminuição da pobreza, pois há um problema maior em relação às oportunidades de
mercado do que em relação à desigualdade de distribuição.
A fusão do governo com uma empresa privada para a criação
de um método de distribuição de oportunidades de cursos de especialização,
poderia ser uma oportunidade de os mais pobres terem a possibilidade de se
atualizarem em relação ao mercado de trabalho com a Indústria 4.0 e a Inteligência
Artificial, a fim de especializar-se em novas funções que surgem conforme os
avanços tecnológicos, tais funções que geram empregos de alto nível de
conhecimento; e consequentemente o
crescimento econômico o acompanhará, gerando retorno tanto para o governo, com
a criação de cargos públicos para os novos ramos, quanto para a empresa privada
que será subsidiada pelo governo.