Illan Yukio
Vivendo em periferia o jovem
encontra a dificuldade de descobrir seu caminho em meio a tanta confusão,
crescendo sem medo, se viu no crime para poder se sustentar e todo dia ele
pedia perdão para sua mãe:
-Desculpa mãe por te fazer
chorar, sei que a senhora tentou me avisar que vida bandida não iria compensar,
tanto lutou para doutor eu me formar, mas foi a ganância que me impediu de
escutar... Será na escola do crime que irei me formar.
O garoto sai em busca de mais
um de seus esquemas, se junta com o bando no baile de sexta-feira, ostentando
seus malotes de dinheiro de procedência dúbia.
Ele sabe que é um poder que
vicia, que é difícil contê-lo. Sempre indo atrás de mais e desafiando o sistema
pois desde pequeno era problema, crescendo sem medo de algema, fazendo do dinheiro
parte do seu dilema:
“Inimigos vão brotar, de
olho no meu lugar” – pensou enquanto fugia dos oficiais da lei. Porém ocorreu o
cerco, sem pensar ele aponta sua arma para um civil e o coloca como refém. Não
demora para os repórteres chegarem no local e acompanharem de perto seu último
suspiro.
-Avisa pra eles que meu
“bonde” não vai recuar. Se quiserem minha cabeça podem vir buscar!!!
Aonde ele chegou não
conseguiu parar, no entanto seu jogo era bruto e em uma travessa sua sorte se
pôs a provar. Essa frase foi noticiada na mídia local e sua mãe com a mão no
peito via a cena das viaturas cercando seu filho no noticiário da tarde. Seu
destino não foi bom como sua vida e no fim das contas o povo observava sua mãe
chorando pela alma do filho no local onde foi baleado.