29 de maio de 2017

Mulher que sofreu aborto não tem direito à estabilidade.

Leonardo Melo


Em novembro de 2013, uma mulher, que teve identidade protegida, sofreu um aborto espontâneo. O aborto espontâneo trata-se de uma perda de gravidez antes da vigésima semana, seguido de dores nas lombares ou na vagina, o feto presente na barriga, através de inúmeras complicações, acaba vindo a falecer. Por mais que seja relativamente comum (30% das mães passam por isso), a dor de perder um filho geralmente vem acompanhada por tratamento psicológico intenso.

Ela estava afastada com justificativa legal baseada no artigo 10, inciso II do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal/88, que confere à empregada gestante a estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
Entretanto, 17 dias após ter alta, a mesma foi demitida, sendo alegado que não possuía os direitos previstos no ADCT por tratar-se de um aborto, e não parto.

Em primeira instância, após recorrer ao Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), foi concedido a ela o direito do pagamento do seu salário, condenando a empresa a pagar o salário pelo período de 5 meses, previstos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A empresa condenada recorreu logo ao TST (Tribunal Superior do Trabalho), alegando novamente que não se tratava de um parto, e sim um aborto. Ao analisar o pedido, o desembargador João Pedro Silvestrin deu razão à empresa, dizendo que a mesma respeitou o período de 2 semanas previsto no artigo 395 da CLT que prevê o repouso remunerado pelo período de 15 dias e concluindo que não deveria a empresa ser condenada.

Tirando os direitos da mãe que, involuntariamente, teria perdido seu bebê.

O questionamento que aqui indago é:

Até quando um feto não será reconhecido como uma vida, sendo assim, sua possível morte um caso que não se trata de responsabilidade governamental?

A ilha desejada

Giovana Leopoldo Guimarães


Resenha do livro "O conto da Ilha desconhecida"
José Saramargo

A obra relata o desejo de um cidadão simples em conseguir dominar terras desconhecidas. Com muito esforço, ele consegue um barco emprestado do rei, que desacreditava no seu poder e, por fim, o homem conseguiu realizar a navegação e ainda levar uma companhia.

A mulher da limpeza do palácio do rei foi quem teve a coragem de acompanhá-lo nesta jornada sem destino. Isso reflete a vontade, dentro de cada um, em mudar a realidade em que se encontra numa fuga desesperada, buscando uma mudança no cenário de trabalho; além de a personagem ser fria com relação a um pedido que foi solicitado.

O contexto visa que devemos nos arriscar em situações em que não temos mais saídas e que, quando alguém tentar impedir, devemos ser persistentes, assim como se exemplificou no livro: a busca incontrolável para ter um pequeno barco que conseguisse realizar os objetivos.

O enredo é de difícil entendimento, pois o autor não respeita as normas gramaticais, excluindo o uso de pontos, vírgulas, travessão e isso acarreta uma grande dificuldade na assimilação de informações. O público alvo indicado seria o adulto por conta dessa linguagem mais complexa, ou seja, pelo uso de palavras que geralmente não são de hábitos do cotidiano.

O conto da ilha desconhecida é um texto muito rico em despertar os desejos individuais que não são citados na obra, fazendo a reflexão de que quando um desejo é saciado, ele acaba despertando outro que jamais você teria imaginado.

O grande inseto que traz à tona a rejeição

Amanda da Silva Pretel


A metamorfose
Franz Kafta

O livro relata a história de Gregório Samsa, que em certo dia acorda transformado em um gigante inseto. De início é perceptível do mesmo, uma vez que se vê sem condições de sair do quarto, com certo receio de que seus familiares vão pensar ou de como vão agir. Certo medo é de fato evidenciado ao longo do livro, já que há rejeição por parte dos pais. Gregório, então, permanece dia após dia confinado em seu quarto, sendo, verdadeiramente, tratado como o bicho que se tornara. Ainda que Gregório tivesse ajudado sua família enquanto ser humano, seus pais o esqueceram e, por final, desejaram sua morte.

Grete, irmã de Gregório, se porta diferente frente a situação. Ela enxerga que por detrás daquele terrível inseto ainda está presente a figura de seu irmão. Ainda que assustada e confusa, ela faz o possível para que Gregório tenha a maior comodidade mesmo como um inseto. A princípio Grete se vê receosa pela aparência do irmão e não quer ir contra a posição dos pais, que dizem que Gregório deve ficar em seu quarto sozinho. Mesmo assim, a irmã, por mais discreta que fora, ajudara o irmão, colocando, todos os dias, uma tigela de comida em seu quarto. Por muitas vezes Gregório não sentia vontade de comer e com o passar do tempo foi se afundando numa depressão, marcada pela solidão e rejeição que enfrentara. Apesar de o irmão precisar se esconder para não assustar Grete, e por muitas vezes o mesmo nem tocar na comida colocada pela irmã, ela fazia questão de manter o quarto limpo e trocar a comida, procurando as preferências do irmão e se portando de maneira digna frente à situação.

Determinado fato, ainda que fictício, revela o preconceito, assunto muito comum na atualidade. Gregório era o filho exemplar, ajudava a família trabalhando sem parar e quando se vê necessitado de ajuda é completamente abandonado e rejeitado. Tal situação mostra como, muitas vezes, pessoas são esquecidas e destratadas por terem certo problema físico, mental ou emocional. Ao final do livro, até mesmo a irmã de Gregório se revolta com o acontecido e deseja a morte do irmão, que realmente acaba falecendo, esquecido, abandonado e de profunda tristeza, para o alívio da família.

O livro não é de fácil leitura, composto por palavras de difícil compreensão, provoca ao leitor uma maior atenção e concentração, porém é um livro curto, sendo assim não muito cansativo, todavia indicado para jovens e adultos, já que há uma dificuldade de entendimento. Contudo, o livro traz uma mensagem forte, se bem interpretado, levantando uma questão muito discutida e vivida: o preconceito. Que deveria ser totalmente extinto, uma vez que só agrega malefícios ao indivíduo e à sociedade como um todo.

23 de maio de 2017

Desvendando a leitura

Kimberly Candido


Para muitos, o universo da leitura ainda é um terreno desconhecido e até mesmo evitado. O que eles não sabem, é que a habilidade de ler um livro não é algum tipo de dom ou poder especial: é tudo questão de prática.

Ler abre os horizontes, mesmo sem sair do lugar. Transforma uma pessoa por dentro, diverte e informa. Lendo, podemos desenvolver nosso raciocínio lógico e exercitar a memória, de forma que não somente beneficie o cérebro, como também aumente a qualidade de vida. Com isso, a habilidade de discursar e se comunicar em qualquer ocasião aumentam muito; algo que, principalmente no mercado de trabalho, é imprescindível.

Ninguém gosta de estar por fora em uma conversa, discussão ou debate. Para se ter uma argumentação mais embasada é necessário ler não apenas as manchetes; é preciso de fato conhecer e entender o que se está falando. O poder de persuasão, via de regra, é proveniente da boa fala e da boa argumentação. Além de desenvolver o senso crítico, a leitura pode somar muito para a criatividade, aumentar o vocabulário e, com isso, também tornar a escrita melhor.

A leitura pode não ser sobre assuntos técnicos ou aqueles textos de mil páginas – embora também sejam muito necessários. Basta que desperte seu interesse e já terá efeitos muito positivos em sua saúde mental e desenvolvimento intelectual. Também é preciso lembrar que para ter qualidade no que se lê, é necessário entender, refletir e absorver a mensagem que a obra nos proporciona. Ler centenas de livros e não tirar nenhuma lição destes é enganar a si mesmo. A leitura de livros de qualquer gênero, seja em qual formato for – virtual ou físico – tem muito a acrescentar em nossas vidas, basta que estejamos atentos e de braços abertos para o que cada obra tem a nos oferecer.

14 de maio de 2017

A Sociedade da Informação, Prioridades Invertidas

Ana Lucia Silva


Não é de hoje que a leitura tem sido um assunto comentado e discutido, isso porque os hábitos de ler foram modificados devido à introdução de novas tecnologias. As mudanças no cotidiano da sociedade modernizada e o fato de que um mundo que age racionalmente não consegue ter embasamento teórico é realmente controverso. Como se tornar uma sociedade com sabedoria e conhecimento se não procuram aprimorar aquilo que sabem e conhecer o lhe é estranho, ainda mais se considerarmos que vivemos em um mundo interligado e que vive em constantes transformações.

Qual seria, então, a importância da leitura para as pessoas atualmente? Para responder essa questão temos analisar quais benefícios a leitura trás. Não se pode afirmar que ela tem somente uma utilidade já que é um método de estudo e pesquisa, um ótimo hobby, além de ser comprovado cientificamente que ler faz desenvolver áreas do cérebro que costumam estar ociosas. Ler nunca vai fazer mal, pelo contrário, gastar trinta minutos com um livro não é nada mais que investir em conhecimento.

Atualmente, as pessoas têm-se encontrado com menos tempo, seus dias parecem mais curtos, perdemos a essência das verdadeiras prioridades e começamos a confundir informação e conhecimento. Mas como ler em um mundo repleto de informações e métodos para atrair nossa atenção? A parte mais difícil é realmente convencer uma pessoa a deixar de verificar, por exemplo, suas redes sociais por algumas horas para ler algo. Estamos tão acostumados a sermos coagidos a fazer aquilo que aparentemente apresenta um custo beneficio que exige menos esforço, que não percebemos que o verdadeiro valor será em longo prazo. Os grandes pensadores tinham base de suas teorias em documentos e manuscritos, nem que fosse para criticar e apontar erros eles liam para saberem do que comentavam.

Podemos, dessa forma, afirmar que a leitura além de nos permitir conhecer uma diversidade de cenários, melhora o vocabulário e nos fornece, mesmo que por algumas horas, um refúgio. Um equilíbrio entre a vida corrida e um espaço para leitura é essencial para um progresso interno. Por fim, podemos responder a questão inicial: para que possamos continuar progredindo da forma que estamos e descobrir novas coisas é preciso ler, porque sem isso ficaremos estagnados e sem saber para onde ir. Ler foi o que fez com que a humanidade chegasse ao patamar em que esta hoje e, portanto, será os degraus que sustentam a sociedade no decorrer dos próximos anos.

Resenha do livro “A Metamorfose”

Vinícius Dutra Sammarone

Título: A Metamorfose
Autor: Franz Kafka
Número de páginas: 34

Primeiro parágrafo - Apresentação:

O livro foi escrito por Franz Kafka, escritor tcheco com fluência em alemão. A obra foi lançada em 1915 e aborda sobre a vida de Gregor Samsa, personagem principal, que se sente oprimido pelo trabalho e pelo desprezo da própria família.

Gregor Samsa é um caixeiro-viajante que se sente sobrecarregado pela profissão e desmotivado pelo dia a dia cansativo das atividades laborais que cumpre rigorosamente; sente-se reduzido a um inseto. Mantém-se no emprego para pagar as dívidas dos pais, sentindo-se oprimido pelo trabalho e pela família. O trabalho o toma mentalmente e está acima de suas próprias condições humanas.

O caixeiro-viajante, numa determinada manhã, acorda com dores no corpo, sentindo-se impossibilitado a cumprir a sua rotina de trabalho. Mesmo pressionado pela família e pelo gerente da firma à porta de seu quarto, não encontrava forças para se colocar de pé e pronto para encarar as pessoas e as obrigações do trabalho.

Na descrição do texto Gregor sofre uma metamorfose, tornando-se num inseto incapacitado para o trabalho e atividades humanas. Perante o seu estado, houve estranhamento e repulsa por parte da família e do gerente da firma. Grete, sua irmã, apesar de ter soluçado quando Gregor encontrava-se abatido e trancado no quarto, estava ausente na missão de trazer um médico que o socorresse e, sua ausência, fazia falta a Gregor no momento em que ele necessitava se justificar ao gerente.

Gregor, devido a seu estado, torna-se num estorvo assustador na casa. Horas depois, Gregor é isolado e trancado em seu quarto, a vinda do médico é dispensada. Gregor passa a ser tratado com distanciamento e certo nível de desprezo. Grete Samsa, inicialmente, presta uma atenção distanciada do irmão. Devido ao seu espanto e temor deixa restos de alimentos da família no quarto do irmão e, pouco a pouco, investiga o que lhe agrada a ser como um inseto. A irmã era responsável por mantê-lo alimentado, ela suspirava, invocava aos santos, percebia o que ele realmente comia, porém com o pesar que recaía sobre toda a família (mãe, pai e irmã). A família acaba deixando Gregor isolado no quarto e só sua irmã se preocupa em levar-lhe diversos tipos de comida, tentando adivinhar qual lhe agradará. Sua mãe tem medo e nem quer vê-lo.

Gregor, que tinha assumido as despesas do lar como caixeiro-viajante, passou a ser oprimido para manter as obrigações da casa. O pai tem que buscar um emprego de contínuo e a menina também acha um trabalho de balconista. Gregor Samsa sobrevive em seu quarto, cada vez mais afastado da natureza humana, embora ainda preocupado com o destino de sua família. Gregor agora era um inseto e sentia a perda do afeto dos pais em relação a ele, o mesmo afeto se perdia em relação à irmã. Grete Samsa cuida do irmão de maneira distante, sem buscar uma real solução, pois não suportava vê-lo num corpo de inseto, para não a escandalizar. Gregor se refugiava sob o canapé para não ser visto por ela e por ninguém.

A irmã havia resolvido retirar todos os móveis do quarto de Gregor, para que ele tivesse todo o espaço que um inseto necessita ter. A mãe discordou decidindo manter os móveis na esperança que Gregor, um dia, retornasse à condição humana. Grete insistiu e retirou o armário, deixando as paredes livres. Gregor circularia livremente pelas paredes do quarto, intimidando a entrada de todos em seus aposentos. A sua irmã, se dirigia ao cômodo mais para cumprir tarefas de “manutenção” do que para prestar algum tipo de afeto ou atitude em favor de seu irmão.

Pouco a pouco, Gregor passou a se sentir maltratado e a família passou a se virar financeiramente para cobrir as faltas da renda de Gregor, um inseto desempregado. Gregor sente a rejeição da irmã que, antes de sair para trabalhar, deixava em seu quarto qualquer alimento às pressas. Gregor ao incomodar os inquilinos da casa (a família tentava manter na casa uma pensão para conseguir uma renda complementar), torna-se alvo da expulsão por parte da própria irmã.

Nas palavras de Grete Samsa conclui-se o seu desprezo pelo irmão: “É preciso que isso vá para fora”. No fim, Gregor, um inseto muito ferido e isolado, morre sem gerar compadecimentos profundos na casa, todos passam a pensar em seus empregos e em suas próprias vidas.

Morrendo, é jogado no lixo. A família se sente livre e começa a fazer planos para casar a menina. Pode-se dizer que nessa hora Kafka inventa o realismo fantástico (ao apresentar em um contexto real um fato fantástico) e dá, também, alguma mostra do expressionismo em que se baseariam outras de suas histórias, como "O Processo", por exemplo, em que há a importância das posturas e movimentos dos personagens para criar o clima de pesadelo caracterizando suas obras.

Segundo Parágrafo:

Gregor Samsa foi o personagem escolhido, no qual o mesmo manifesta seu descontentamento com sua realidade e a falta de vontade em continuar com sua rotina, devido à sua enorme insatisfação de maneira geral.

Terceiro parágrafo:
O livro não tem uma situação similar com minha vida pessoal e profissional, tendo em vista que minha rotina traz satisfação pessoal e profissional, com contentamento pelo que venho realizando, inclusive a satisfação maior pelo curso que venho realizando na faculdade.

Quarto Parágrafo:

O livro tem uma avaliação positiva de forma geral, mostrando uma situação muito comum nos dias de hoje com a maioria das pessoas, principalmente jovens. Eles não têm uma satisfação e motivação pela rotina que lhe é seguida, sendo assim uma situação impactante e gerando impacto nas pessoas que sofrem com esse problema. O público-alvo principal de acordo com o livro é o jovem, devido sua situação de vida momentânea e descontentamento geral como mencionado no início do parágrafo. A reflexão referente ao livro é válida para enxergar as situações que podem estar presentes na rotina de muitas pessoas e buscar uma diferente forma de solucionar tal situação.

A Vida e suas metamorfoses

Taynara Tosarelli

Título do Livro: A Metamorfose
Autor: Franz Kafka

A obra “A Metamorfose” foi escrita no ano de 1912 por Franz Kafka e publicada em 1915; no ano de 1956, foi publicada no Brasil. Em sua obra, Kafka faz um desabafo através de seu personagem Gregor Samsa, sobre problemas sociais. A mensagem principal que Kafka nos passa em seu livro é a visão interesseira de pessoas ao nosso redor. Enquanto Gregor era eficiente, prestava serviços, ajudava sua família, tinha o que oferecer à todos, todos gostavam de tê-lo por perto. Mas, quando Samsa começa a passar por uma fase de transformação em sua vida, em que é incapaz de realizar qualquer tipo de atividade ou tarefa, o personagem é comparado a um inseto insignificante e inválido, pelo fato de não ter mais o que oferecer.

Gregor Samsa, é um personagem que representa muitas pessoas dentro de uma sociedade. Como quando nos sentimos depressivos, nos sentimos mal com algumas circunstâncias que aparecem para nos afligir e todos que estavam ao seu redor somem, sem prestar ajuda, sem se comunicarem para saber o que acontece. O personagem se sente sozinho e inválido, assim como nós nos sentimos quando acontece algo semelhante a isso.

Essa obra se encaixa nos dias atuais pelas vezes em que nos sentimos esgotados emocionalmente como Gregor e as pessoas que vivem ao nosso redor se afastam nos momentos em que não temos o que oferecer para beneficiá-las.

“A Metamorfose” é uma obra bem elaborada, são usadas gírias da época em que foi escrita, mas de fácil interpretação; um romance curto com um conteúdo para ser refletido em discussões e debates. O autor usa suas obras como um pequeno desabafo em suas críticas sociais, em especial na obra citada acima. A relação entre seus personagens e a vida real é incrível, colocando seu ponto de vista e encantando a todos que a lêem.

8 de maio de 2017

Hibisco roxo, um livro para refletir

Nayara Pontes

Título: Hibisco roxo
Autora: Chimamanda Ngozi Adiche
Número de páginas: 321

O livro Hibisco roxo foi escrito por uma autora nigeriana que imigrou para os Estados Unidos quando mais nova e, nesta obra, são tratados os aspectos de uma cultura interferindo em outra. Ela traz os efeitos da colonização africana e o comportamento das pessoas da Nigéria em relação a isto em alguns fatores como religião, educação, política e diferença de classes.

A personagem que passa todas estas mensagens para nós é Kambili que, além de protagonizar, narra a trajetória de sua vida com a família e amigos. Ela conta como são suas doutrinas em casa e na igreja, mostrando, assim como seu irmão Jaja, total obediência às ordens de seu pai: um homem difícil de lidar na própria sociedade nigeriana por procurar seguir costumes americanos. A menina de 15 anos se preocupa em observar todos os detalhes à sua volta e todos os comportamentos das pessoas com quem convive, sempre que possível fazendo reflexões do que é correto ou não em seu ponto de vista; mas mesmo vivendo naquela mesmice, ela demonstra interesse no novo, isto é, demonstra que sente curiosidade de fazer experiências novas que nunca tinha feito antes por ter um certo medo.

Ela é um exemplo de que o meio influencia nas atitudes de um indivíduo, visto que, longe de seu pai e junto com sua tia e primos, Kambili viveu o que nunca tinha vivido antes. Além disso, observando alguns pontos da obra, conseguimos formar uma relação com o contexto histórico do passado que até hoje traz sequelas para nós, como é o caso da fragmentação da identidade de um país. Assim como a Nigéria, o Brasil também adotou culturas americanas: seja nas músicas, nos filmes ou até mesmo na alimentação, sendo que muitas vezes nem percebemos isso.

De modo geral, Hibisco roxo apresenta uma linguagem bem descritiva, dando maior facilidade para imaginarmos o cenário dos acontecimentos, além de abranger temas interessantes que estão próximos de nossa realidade. Portanto vale a pena ler e refletir sobre o que é tratado e até mesmo relacionar com questões em nosso cotidiano.

7 de maio de 2017

A importância da leitura

Roberta Campos


A vida é um livro composto de capítulos e subcapítulos dos mais diversos temas, escrito por um autor que muitos conhecem; embora não se saiba ao certo seu nome ou sua verdadeira aparência, uma vez que Ele pode aparecer e assinar suas obras de diversas formas. Cabe a nós sabermos ler e interpretar esse complexo livro.

Quando se é criança tudo é novidade em relação a tantas linguagens verbais e não verbais que a circulam. Aos poucos ela vai se desenvolvendo e se tornando apta a descobrir novos horizontes através da alfabetização.

De palavra em palavra a criança começa a ler e, consequentemente, sua percepção em relação ao mundo cresce. Desta forma ao longo de seu aprendizado, aquele serzinho começa a descobrir o mundo de forma mais profunda, assim os dados e informações descobertas passam a fazer sentido e a auxiliar na formação daquele ser.

Pode-se afirmar que, quando o ser humano começa a ler, independente da idade, esse passa a ter mais autonomia, se torna mais forte e fica mais próximo de se tornar um indivíduo astuto. Vale ressaltar que para aqueles que ensinam outras pessoas a ler, pode-se afirmar que é um ato nobre, uma vez que tal pessoa estará auxiliando no desenvolvimento e comunicação do indivíduo, ou seja, estará contribuindo na leitura e interpretação das páginas do seu próprio livro.

À medida que se vai crescendo, a leitura torna-se essencial para o desenvolvimento do intelecto, melhoria na escrita, estímulo ao raciocínio e aprimoramento na capacidade interpretativa. Resultando assim na formação de opiniões bem fundamentadas para tomadas de decisão e em uma comunicação eficaz nos ambientes escolares, profissionais, familiares, sociais e em relacionamentos.

Na correria do dia-a-dia pode acontecer de a leitura espontânea ser rara. A dica é começar por assuntos de agrado pessoal e que serão úteis para colocar em prática nos ambientes de convívio.

3 de maio de 2017

O natural da vida

Nayara Pontes


Apaguem as luzes da cidade
A lua está linda
As pessoas não são más
Elas só estão perdidas

Abençoadas sejam todas as voltas que a vida dá
Se a chuva é purificação
Então deixa molhar

Não é sobre chegar ao topo do mundo
E saber que você venceu
É sobre escalar
E sentir que o caminho te fortaleceu

Deixe os bons pensamentos fluírem
Se os ventos não estiverem a favor
Não acompanhe, deixe eles irem

Aonde eu estiver
Que o sorriso me acompanhe
A cada amanhecer é uma oportunidade
Na qual a vida diz “Eis aqui outra chance”