13 de novembro de 2017

Prêmio Nobel de Literatura e a importância da leitura

Ana Lucia Silva

O Nobel de Literatura é um prêmio que reconhece feitos que impactam de alguma forma na vida das pessoas. É concedido anualmente desde 1901 e analisa a obra, filosofia, estilo e mentalidade de um autor como um todo, não somente alguma obra isolada, para que assim se tenha uma avaliação mais criteriosa. Então, se nos perguntassem qual a importância do Prêmio Nobel de Literatura, o que poderíamos dizer?
A discussão sobre o quanto a leitura é importante para o aprendizado e captação de conhecimento não é atual. As constantes campanhas de apoio mostram, principalmente aos jovens, que precisam desenvolver o hábito de ler. A campanha de distribuição de livros, Apoio ao Saber, do governo de São Paulo e do Itaú, para crianças, são apenas exemplos dos esforços que têm-se colocado para que a sociedade conscientize-se do quanto a leitura e escrita são primordiais. Mas qual a relação do Prêmio Nobel com a leitura?
Ao analisarmos o prêmio e a importância da leitura, notamos que ela é tão imprescindível, que torna-se difícil não perceber o quão influente no cotidiano de muitos ela é. Um livro modifica a visão de mundo de um indivíduo; pelo direito ao acesso das mulheres à educação, uma adolescente lutou contra muitos e pela sua escrita compartilhou sua história; por palavras, alguém escreveu em detalhes sua época e as situações deploráveis que ocorriam. Seja por papel ou por meios de comunicação atuais, momentos históricos foram registrados por meio de palavras que permanecem vivas até a atualidade e permanecerão por mais muito tempo. A importância da leitura e escrita ultrapassa o quesito tempo. Ela se modifica para atender o perfil da sociedade da época.
Nos últimos anos, o significado de literatura sofreu algumas transformações. Diferente de antigamente, onde era considerado literatura somente as obras de muitas páginas, hoje outras muitas formas de literatura têm ganhado o espaço que lhes são devidos. A literatura em forma de poema e música comprovam essa mudança de pensamento. Pablo Neruda com um de seus poemas e Bob Dylan com uma de suas músicas ganharam o Nobel de Literatura, mostrando que não é impossível captar a atenção das pessoas, seja por algumas estrofes, muitas páginas ou por alguns acordes. Sempre existirá uma forma de literatura que se adeque ao seu gosto.
A leitura é algo que fornece benefícios das mais variadas formas, seja ela utilizada com finalidade de  pesquisa acadêmica ou lazer, e premiar aqueles que utilizam de outras atividades para escrever não só é gratificante como também impulsiona que esse tipo de atividade ocorra com mais frequência. Mostrar que palavras não são vazias e mudam pensamentos é a recompensa que esses autores merecem.
Além disso, uma curiosidade sobre o Nobel de Literatura é que nenhum brasileiro ainda foi premiado. Será que isso não demonstra a importância - ou a falta dela - que estamos dando à leitura e à escrita? Temos pouquíssimos escritores brasileiros, porém, existem alguns realmente talentosos que não recebem a atenção merecida e a quantidade daqueles que se tornam conhecidos é ainda menor. É agravante a forma como tratamos algo tão crucial de forma tão simplória. Mesmo que digam que escrever é um dom e ler requer paciência, essas atividades podem ser aprimoradas até tornarem-se hábitos. Para isso é necessário esforço e com tempo o "sacrifício" de ler e escrever sem ser uma obrigação será apenas um passatempo. Você nunca "perde" quando abre um livro, pois descobre um novo mundo de curiosidades e nunca é ruim escrever, pois registrar aquilo que é considerado importante para você é uma forma de arte.

10 de novembro de 2017

Era da inovação

Giovana Guimarães

A palestra Experiência e Startup, apresentada por Benício José de Oliveira Filho e pelo ex-aluno Thiago Yokoyama no dia 09/10/2017, no Centro Universitário da FEI (campus São Bernardo do Campo) abordou um tema muito comentado nos cursos de administração: a implantação das startups no Brasil.
Benício enfatizou que o modo de administrar uma startup é muito diferente da maneira tradicional de se administrar uma empresa. Alguns aspectos que a diferencia são: focar no problema das pessoas e gerar valor para resolvê-los; vender experiências juntamente com os produtos comercializados; e a premissa de que a empresa precisa se conectar com as pessoas pela emoção, sempre se questionando: Como eu posso solucionar os problemas existentes, de forma
rápida e eficaz ?
Ele também comentou sobre as necessidades e exigências para se tornar um empreendedor, bem como suas principais características, focando na liderança em quem influencia, e o fato de que o empreendedor deve se incomodar com respostas óbvias e sempre procurar o contrário, criando novos mercados e novas demandas de produção.
O segundo palestrante (ex aluno da FEI) abordou mais o termo de investidor-anjo, que são investidores que apostam em startups e empresas com potencial tecnológico avançado, afirmando brevemente que o investidor deve se basear no pensamento lógico e assertivo, mesmo tendo ciência que o futuro é imprevisível. Thiago afirma também que deve-se entender a dor dos seus clientes e a real necessidade de uma solução, validando suas idéias, acompanhando o processo de execução, bem como crescimento e escala de produção.
Ele também cita os auxiliadores corporativos, que são um grupo de investidores-anjo interessados em tecnologia e rápida resolução de problemas, e como podemos tirar a idéia de uma empresa do papel com o mecanismo CANVAS, disponível na internet. Ainda afirma que todas as idéias viáveis devem ser colocadas em prática e que se faz necessário a fabricação de itens/mecanismos que auxiliam
no cotidiano dos clientes.
Esta palestra é aconselhada a estudantes de administração, engenharia, publicidade, marketing, economia e técnicos gestores por abranger um conteúdo que é de extrema importância para estas áreas: a inovação; pois é ela quem construirá a nova era da tecnologia e criará novos tipos de empregos e sistemas.
O palestrante explicou de maneira dinâmica a definição de uma empresa considerada startup e como ela pode surgir atravez de investidores-anjo.

9 de novembro de 2017

Mike

Mateus Freitas da Silva

Hoje eu acordei e me lembrei de você. Já faz tanto tempo que nem consigo mais chorar. A saudade já se tornou algo normal para mim, mesmo assim ainda me recordo de você todas as vezes que olho pela janela e vejo a neve cair. É tão besta, mas tão forte. Eu não esperava que isso fosse acontecer. Eu me lembro de você dizer que um dia iriamos nos casar; que um dia iriamos ter a nossa casa e eu teria você por todos os dias. Nossos sonhos eram maiores que a gente, mas eu não me importava, pois o modo como você falava me convencia de que éramos capazes de realizar todos eles.
Esses momentos estão gravados em minha memória, em minha alma e são eles que me fazem levantar todos os dias. Eu vivo para você, assim como eu também morreria por você. Eu te amo e não precisaria usar um anel bobo para provar isso. Eu não precisaria dizer para todos que te amo, pois todos perceberiam o quanto eu te amo. Mas, eu não tenho você aqui comigo e sinto muito por não poder ser feliz com você em nossa casa. Eu sinto muito por não ser forte o suficiente para enfrentar o mundo por nós. Eu tenho medo de te perder, medo de machucarem você. Eu fico pensando enquanto observo outros casais, porque eles podem se amar, se beijar, andar de mãos dadas e eu não posso nem te dar um abraço. O que fizemos para as pessoas nos odiarem tanto? Eu me sinto péssimo todas as vezes que me lembro de você apanhando na minha frente. Meu amor, você estava tão ferido. Os seus olhos estavam apavorados. As suas roupas estavam sujar de poeira e sangue. E eu estava caído, impotente, fraco e impossibilitado de levantar, apenas assistindo o amor da minha vida apanhar até desmaiar. São momentos como esses que me deixam furioso, mas me lembro que depois que os garotos foram embora, você conseguiu sorrir para mim e foi através desse sorriso que consegui ter forças para me levantar e te ajudar. Mesmo a beira da morte, você tentou me confortar. Você tentou dizer que tudo estava bem. Mas não estava e nunca iria estar, pois eu tenho medo de você sair e nunca mais voltar.
Claro que não quero lembrar apenas de coisas tristes, pois tivemos momentos maravilhosos. Lembro-me da primavera - aquela de dois anos atrás -. Você estava tão lindo com sua blusa jeans. Seu rosto estava com uma expressão tão leve e feliz, um sorriso lindo. Quando estávamos sentados no chão você me disse palavras tão bonitas. Essas mesmas palavras me fazem ficar bem até hoje. Palavras que me consolam e que me lembram seu olhar alegre, sua voz calma, como se não existisse nenhum problema. Mas não estou na primavera e essa neve parece que nunca mais irá parar de cair, assim como o meu mundo. Se eu pudesse passar uma semana com você, provavelmente iriamos nos divertir bastante, eu daria tudo para realizar esse momento. Faz tempo que não escuto a sua risada; faz tempo que não ouço você dizer o meu nome e sinto tanto a sua falta.  Eu não quero ser meloso, mas como eu queria que você estivesse aqui.

Mike, eu até posso, tecnicamente, viver sem você. Mas eu não quero. A ciência não entende os meus sentimentos por você. Na verdade, se alguém entendesse não nos achariam loucos. Mas agora estou aqui contando as horas para te ver novamente. Será que vai demorar? Não vejo a hora de ver você caminhando pelo corredor até entrar pela porta do quarto, com a sua caneca favorita na mão. E eu? Bom, eu estarei deitado na cama observando o quão sortudo sou. Espero que você esteja bem.  Eu, Peter, escrevo esta carta no dia 20 de Abril de 1943, França. Se você não é o Mike e leu essa carta, então significa que eu falhei.