14 de setembro de 2017

Artigo de opinião

Bárbara Andrade

A maioria das pessoas odeia a segunda-feira, já que esse dia significa um recomeço de toda a rotina desgastante da semana, gerando a raiva em grande parte das pessoas. Ao escrever o 3º capitulo do livro Por que fazemos o que fazemos?, Mario Sergio Cortella cita alguns motivos que tornam a rotina dos trabalhadores desagradável e desgastante. Segundo o autor, existem três motivos que causam o ódio: a falta de propósito; de reconhecimento; a partilha desequilibrada das tarefas.

Atualmente vivemos em uma geração em que as pessoas têm muito mais liberdade para fazer suas escolhas pessoais e profissionais. Nós, jovens, não buscamos apenas um trabalho que tenha uma boa remuneração e estabilidade. A busca pela realização pessoal e profissional é prioridade nos dias atuais.

Diante deste cenário, Cortella cita a falta de propósito como um motivo que gera o ódio pela segunda-feira, pois o colaborador que não enxerga uma finalidade nas suas tarefas, não trabalha motivado, o que resulta em um funcionário cansado e insatisfeito. 

A falta de reconhecimento, por parte das empresas, também ajuda a construir esse ódio pela segunda-feira, pois mesmo que o nível de desgaste seja auto, se o funcionário for reconhecido, existe a vontade de retornar à empresa para realizar sua função.

Outro ponto importante são os funcionários que ficam sobrecarregados. Quando o indivíduo exerce mais tarefas que sua obrigação, gera-se nele um sentimento de esgotamento e, normalmente, o serviço não é realizado com qualidade. 

São diversas situações que se acumulam e geram ódio pela segunda-feira - que simboliza o recomeço de uma semana sem objetivos e motivações, marcada pela falta de reconhecimento do trabalho realizado na empresa - e que ficam cada vez mais desgastantes, pois estamos  sobrecarregados de tarefas. O funcionário e a empresa podem mudar esse cenário, no entanto, tem que existir uma colaboração entre as partes, para transformar a segunda-feira em sexta-feira.