30 de janeiro de 2013

A Literatura salva o homem do abismo.





           Tantos escritores-leitores já disseram isso, de modo mais ou menos poético.
O fato é que não há quem não goste de ler. O que é possível, sim, é que o leitor esteja diante de um texto que naquele momento não gostaria de estar lendo. 
           Nada mais justo: temos a liberdade de escolher deixar aquele texto de lado e buscar o próximo. Como dizem os mais jovens, a fila anda. É nesse andar que os textos se exibem para os leitores em potencial: a expectativa é a do convívio mais que perfeito, o que só é possível no conflito. E como não ser assim se todo encontro nos mobiliza internamente?
           Conviver com textos é como conviver com pessoas, um exercício que requer muito dos olhos que percorrem as letras. Como toda convivência, um texto empurrará o leitor para fora da sua zona de conforto, para, enfim, o abismo, aquele mesmo do qual, finda a leitura, o salvará. Não porque a literatura de boa qualidade conforte, dê “colo” para o leitor, mas porque ela o inquietará, desmontará preconceitos, sacudirá a poeira do ser envelhecido pelo cotidiano, criará o caos do qual emergirá o único silêncio possível capaz de libertar a alma dos seus grilhões.
           Para falar desta literatura, espaço de liberdade e de conquistas, entrevistamos o professor doutor Fábio do Prado, reitor do Centro Universitário da FEI. Gentilmente, ele permitiu que nós roubássemos um curto espaço do seu tempo, tão concorrido, para falar sobre Literatura em uma sexta-feira de fim de ano. O convite, feito com tantas reservas pelo grupo, foi aceito alegremente pelo reitor que se entusiasmou com as próprias lembranças da sua história de leitor. E é com esse sentimento que queremos abrir um novo ano do nosso Blog Palavras Conectadas, partilhando a alegria do encontro com a literatura.
           Saudações literárias e um excelente 2013.
           Com a palavra, o Senhor Reitor!