14 de dezembro de 2017

Saudade

Pablo Miranda

Saudade de ti.
Saudade do teu sorriso, da tua voz.
Saudades das brigas e reconciliações.
Saudade do seu amor,
Amor que não cabe em nenhuma imensidão.

Me deixaste aqui só.
Sem nenhuma luz pra seguir.
Perdido em devaneio.

No escuro da madrugada, me encontro em prantos,
Só pedindo a Deus que traga ela.
Aquela, a certa, a pintura mais singela.

Que de tão linda, é de causar estranheza a dor que me trouxe.
Mas foste ela? Ou apenas sua ausência?

Ausência que me mata aos poucos e não me permite seguir.
E em mais uma madrugada me encontro chorando infeliz.

13 de novembro de 2017

Prêmio Nobel de Literatura e a importância da leitura

Ana Lucia Silva

O Nobel de Literatura é um prêmio que reconhece feitos que impactam de alguma forma na vida das pessoas. É concedido anualmente desde 1901 e analisa a obra, filosofia, estilo e mentalidade de um autor como um todo, não somente alguma obra isolada, para que assim se tenha uma avaliação mais criteriosa. Então, se nos perguntassem qual a importância do Prêmio Nobel de Literatura, o que poderíamos dizer?
A discussão sobre o quanto a leitura é importante para o aprendizado e captação de conhecimento não é atual. As constantes campanhas de apoio mostram, principalmente aos jovens, que precisam desenvolver o hábito de ler. A campanha de distribuição de livros, Apoio ao Saber, do governo de São Paulo e do Itaú, para crianças, são apenas exemplos dos esforços que têm-se colocado para que a sociedade conscientize-se do quanto a leitura e escrita são primordiais. Mas qual a relação do Prêmio Nobel com a leitura?
Ao analisarmos o prêmio e a importância da leitura, notamos que ela é tão imprescindível, que torna-se difícil não perceber o quão influente no cotidiano de muitos ela é. Um livro modifica a visão de mundo de um indivíduo; pelo direito ao acesso das mulheres à educação, uma adolescente lutou contra muitos e pela sua escrita compartilhou sua história; por palavras, alguém escreveu em detalhes sua época e as situações deploráveis que ocorriam. Seja por papel ou por meios de comunicação atuais, momentos históricos foram registrados por meio de palavras que permanecem vivas até a atualidade e permanecerão por mais muito tempo. A importância da leitura e escrita ultrapassa o quesito tempo. Ela se modifica para atender o perfil da sociedade da época.
Nos últimos anos, o significado de literatura sofreu algumas transformações. Diferente de antigamente, onde era considerado literatura somente as obras de muitas páginas, hoje outras muitas formas de literatura têm ganhado o espaço que lhes são devidos. A literatura em forma de poema e música comprovam essa mudança de pensamento. Pablo Neruda com um de seus poemas e Bob Dylan com uma de suas músicas ganharam o Nobel de Literatura, mostrando que não é impossível captar a atenção das pessoas, seja por algumas estrofes, muitas páginas ou por alguns acordes. Sempre existirá uma forma de literatura que se adeque ao seu gosto.
A leitura é algo que fornece benefícios das mais variadas formas, seja ela utilizada com finalidade de  pesquisa acadêmica ou lazer, e premiar aqueles que utilizam de outras atividades para escrever não só é gratificante como também impulsiona que esse tipo de atividade ocorra com mais frequência. Mostrar que palavras não são vazias e mudam pensamentos é a recompensa que esses autores merecem.
Além disso, uma curiosidade sobre o Nobel de Literatura é que nenhum brasileiro ainda foi premiado. Será que isso não demonstra a importância - ou a falta dela - que estamos dando à leitura e à escrita? Temos pouquíssimos escritores brasileiros, porém, existem alguns realmente talentosos que não recebem a atenção merecida e a quantidade daqueles que se tornam conhecidos é ainda menor. É agravante a forma como tratamos algo tão crucial de forma tão simplória. Mesmo que digam que escrever é um dom e ler requer paciência, essas atividades podem ser aprimoradas até tornarem-se hábitos. Para isso é necessário esforço e com tempo o "sacrifício" de ler e escrever sem ser uma obrigação será apenas um passatempo. Você nunca "perde" quando abre um livro, pois descobre um novo mundo de curiosidades e nunca é ruim escrever, pois registrar aquilo que é considerado importante para você é uma forma de arte.

10 de novembro de 2017

Era da inovação

Giovana Guimarães

A palestra Experiência e Startup, apresentada por Benício José de Oliveira Filho e pelo ex-aluno Thiago Yokoyama no dia 09/10/2017, no Centro Universitário da FEI (campus São Bernardo do Campo) abordou um tema muito comentado nos cursos de administração: a implantação das startups no Brasil.
Benício enfatizou que o modo de administrar uma startup é muito diferente da maneira tradicional de se administrar uma empresa. Alguns aspectos que a diferencia são: focar no problema das pessoas e gerar valor para resolvê-los; vender experiências juntamente com os produtos comercializados; e a premissa de que a empresa precisa se conectar com as pessoas pela emoção, sempre se questionando: Como eu posso solucionar os problemas existentes, de forma
rápida e eficaz ?
Ele também comentou sobre as necessidades e exigências para se tornar um empreendedor, bem como suas principais características, focando na liderança em quem influencia, e o fato de que o empreendedor deve se incomodar com respostas óbvias e sempre procurar o contrário, criando novos mercados e novas demandas de produção.
O segundo palestrante (ex aluno da FEI) abordou mais o termo de investidor-anjo, que são investidores que apostam em startups e empresas com potencial tecnológico avançado, afirmando brevemente que o investidor deve se basear no pensamento lógico e assertivo, mesmo tendo ciência que o futuro é imprevisível. Thiago afirma também que deve-se entender a dor dos seus clientes e a real necessidade de uma solução, validando suas idéias, acompanhando o processo de execução, bem como crescimento e escala de produção.
Ele também cita os auxiliadores corporativos, que são um grupo de investidores-anjo interessados em tecnologia e rápida resolução de problemas, e como podemos tirar a idéia de uma empresa do papel com o mecanismo CANVAS, disponível na internet. Ainda afirma que todas as idéias viáveis devem ser colocadas em prática e que se faz necessário a fabricação de itens/mecanismos que auxiliam
no cotidiano dos clientes.
Esta palestra é aconselhada a estudantes de administração, engenharia, publicidade, marketing, economia e técnicos gestores por abranger um conteúdo que é de extrema importância para estas áreas: a inovação; pois é ela quem construirá a nova era da tecnologia e criará novos tipos de empregos e sistemas.
O palestrante explicou de maneira dinâmica a definição de uma empresa considerada startup e como ela pode surgir atravez de investidores-anjo.

9 de novembro de 2017

Mike

Mateus Freitas da Silva

Hoje eu acordei e me lembrei de você. Já faz tanto tempo que nem consigo mais chorar. A saudade já se tornou algo normal para mim, mesmo assim ainda me recordo de você todas as vezes que olho pela janela e vejo a neve cair. É tão besta, mas tão forte. Eu não esperava que isso fosse acontecer. Eu me lembro de você dizer que um dia iriamos nos casar; que um dia iriamos ter a nossa casa e eu teria você por todos os dias. Nossos sonhos eram maiores que a gente, mas eu não me importava, pois o modo como você falava me convencia de que éramos capazes de realizar todos eles.
Esses momentos estão gravados em minha memória, em minha alma e são eles que me fazem levantar todos os dias. Eu vivo para você, assim como eu também morreria por você. Eu te amo e não precisaria usar um anel bobo para provar isso. Eu não precisaria dizer para todos que te amo, pois todos perceberiam o quanto eu te amo. Mas, eu não tenho você aqui comigo e sinto muito por não poder ser feliz com você em nossa casa. Eu sinto muito por não ser forte o suficiente para enfrentar o mundo por nós. Eu tenho medo de te perder, medo de machucarem você. Eu fico pensando enquanto observo outros casais, porque eles podem se amar, se beijar, andar de mãos dadas e eu não posso nem te dar um abraço. O que fizemos para as pessoas nos odiarem tanto? Eu me sinto péssimo todas as vezes que me lembro de você apanhando na minha frente. Meu amor, você estava tão ferido. Os seus olhos estavam apavorados. As suas roupas estavam sujar de poeira e sangue. E eu estava caído, impotente, fraco e impossibilitado de levantar, apenas assistindo o amor da minha vida apanhar até desmaiar. São momentos como esses que me deixam furioso, mas me lembro que depois que os garotos foram embora, você conseguiu sorrir para mim e foi através desse sorriso que consegui ter forças para me levantar e te ajudar. Mesmo a beira da morte, você tentou me confortar. Você tentou dizer que tudo estava bem. Mas não estava e nunca iria estar, pois eu tenho medo de você sair e nunca mais voltar.
Claro que não quero lembrar apenas de coisas tristes, pois tivemos momentos maravilhosos. Lembro-me da primavera - aquela de dois anos atrás -. Você estava tão lindo com sua blusa jeans. Seu rosto estava com uma expressão tão leve e feliz, um sorriso lindo. Quando estávamos sentados no chão você me disse palavras tão bonitas. Essas mesmas palavras me fazem ficar bem até hoje. Palavras que me consolam e que me lembram seu olhar alegre, sua voz calma, como se não existisse nenhum problema. Mas não estou na primavera e essa neve parece que nunca mais irá parar de cair, assim como o meu mundo. Se eu pudesse passar uma semana com você, provavelmente iriamos nos divertir bastante, eu daria tudo para realizar esse momento. Faz tempo que não escuto a sua risada; faz tempo que não ouço você dizer o meu nome e sinto tanto a sua falta.  Eu não quero ser meloso, mas como eu queria que você estivesse aqui.

Mike, eu até posso, tecnicamente, viver sem você. Mas eu não quero. A ciência não entende os meus sentimentos por você. Na verdade, se alguém entendesse não nos achariam loucos. Mas agora estou aqui contando as horas para te ver novamente. Será que vai demorar? Não vejo a hora de ver você caminhando pelo corredor até entrar pela porta do quarto, com a sua caneca favorita na mão. E eu? Bom, eu estarei deitado na cama observando o quão sortudo sou. Espero que você esteja bem.  Eu, Peter, escrevo esta carta no dia 20 de Abril de 1943, França. Se você não é o Mike e leu essa carta, então significa que eu falhei.

27 de setembro de 2017

A poesia do...

Ricardo de Lima Perialdo

Tudo é poesia.
Uma folha caindo no outono é poesia.
As crianças morrendo nos hospitais são poesia.
O sexo é a poesia do corpo.
O gozo é a poesia do prazer.
O amor é a poesia da alma.
A fotografia é a poesia do olhar.
O riso é a poesia da graça.
A lágrima é a poesia da tristeza.
A velhice é a poesia do tempo.
O nascimento é a poesia da vida.
O livro é a poesia do conhecimento .
O mal é a poesia do ódio.
O abraço é a poesia do aconchego.
A menstruação é a poesia da fertilidade.
Inclusive nós somos poesia. Imperfeitos, mas poesia.

15 de setembro de 2017

Ainda fazemos o que fazemos, mas de forma diferente

Pedro Costa e Luccas M. Scarponi


A rotina cotidiana, a correria, a falta de tempo... Afinal, qual o propósito de tudo isso? No final da minha vida, terei uma vida que de fato terá “valido a pena”?

Nossa geração, formada por jovens, tem se indagado cada vez mais sobre o motivo pelo qual se faz – ou não se faz - algo. Diferentemente de seus pais, o simples acúmulo de riqueza já não mais os satisfazem.

Os jovens de hoje, mais do que nunca, têm buscado um propósito maior, um reconhecimento e um sentimento de pertencer ao seu ambiente, inclusive abdicando de grandes oportunidades na carreira, visando manter seus anseios intactos.

No mercado de trabalho, a nova geração é dinâmica, criativa e sonhadora. Por outro lado, tem dificuldade em receber ordens, principalmente quando se trata de tarefas indesejadas. O sonho de "fazer apenas o que gosto" acaba sendo um fator desestimulante quando se deparam com as obrigações do cotidiano.

Se a vida, ao final, terá “valido a pena” ou não, só saberemos quando chegarmos no final da jornada. O fato é que a juventude veio para quebrar paradigmas, redefinir o conceito do mercado de trabalho e o caminho que percorreremos a fim de alcançarmos a plena realização pessoal.

Odin

Ilan Yukio

Conhecimento foi tudo o que busquei,
Respondendo simples perguntas das quais não sei.
A curiosidade sempre me moveu,
Eram tantas dúvidas, que acabei me encontrando em um breu!

Odin cedeu um olho por conhecimento...
Eu daria muito mais para obtê-lo.
Ciente deste discernimento,
Sempre almejei conhecê-lo.

Então foi aí que eu percebi que precisava de força,
Fiz então como Odin e me matei numa forca.
Deter o conhecimento fez de mim o que sou
E mesmo assim, ninguém contemplou.

Agora passo por eles calado, sabendo o que ninguém irá saber.
Adquiri por conta própria o que ninguém ousou ter.
Mas no fim, qual foi a lição moral?
Talvez eu tenha me transformado em algum “eu” e não uma construção social.

Soberania Popular

André Souza Di Matteo

A democracia nos seus primórdios, na Grécia, tinha como ponto principal as reuniões para debate de assuntos determinantes para os rumos da sociedade. A Soberania Popular é um fator novo para o brasileiro, que conviveu durante mais de 20 anos com os abusos da Ditadura Militar. A criação de métodos para inserir os cidadãos de forma contundente, neste formato político, é imprescindível. O voto já não satisfaz as demandas populares, principalmente com o alto índice de atos ilícitos cometidos pelos nossos governantes. Afinal, como inserir o povo na política?

Com a crescente tecnológica, a criação de plebiscitos é essencial para a participação popular, tendo como tema assuntos distintos, por exemplo: políticos, judiciais, econômicos, morais (legalização do aborto, aprovação do porte de armas, reconhecimento do casamento homossexual etc.). Ou seja, temas efervescentes entre os cidadãos.

Essas permanentes votações teriam efeito no longo prazo, pois através do debate, soluções para os problemas seriam identificadas. O aumento da autonomia dos estados e dos municípios é outra medida essencial, partindo do pressuposto que o cidadão tem maior conhecimento do que acontece em sua comunidade, tendo conhecimento do que precisa ser aperfeiçoado.


O Planalto tenta organizar uma reforma política, mas, sem a participação popular, se torna contraditório. Neste momento de crise política, fazer “vista grossa” para a nação não é o caminho a ser seguido. Portanto, fica evidente a importância da participação da população no contexto político nacional. “É o Governo do povo, para o povo, pelo povo”, preceito elaborado na Grécia Antiga que define o que vem a ser um governo democrático, lema este que se faz necessário na situação brasileira, podendo ser a chave para a falta de credibilidade dos parlamentares.

Alienação? Tô fora...

Leonardo Melo

No livro Por que fazemos o que fazemos?, de autoria do filósofo e escritor Mario Sérgio Cortella, o autor nos indaga sobre nossos propósitos e objetivos, isto é: o que fazemos em nossas vidas tem, em si, algo adiante? Caso a resposta seja “não”, é o momento para começar a se preocupar e entender porque a monotonia e a rotina podem nos tornar infelizes.

No segundo capítulo, denominado Eu robô? Não, Cortella comenta sobre diferenças de sentimentos que podem ser normais ou antinaturais. De semana a semana é comum na vida adulta, estudantil ou de atarefados que a rotina seja naturalmente imposta em nossas vidas, pois ela determina quem você é. O problema não está na repetição, mesmo que seja exaustiva, pois um descanso resolveria e você estaria ali para recomeçar no dia seguinte. O fator determinante do problema não é no “caminho” ou nas “pedras” que fundamentam sua jornada, e sim, como você encara o problema.

Se ao acordar, você se sente cansado, saiba que é comum, pois você tem em mente que esse esforço é necessário para que alcance o objetivo, e no fim, poderá então disfrutar dessa dedicação. Porém, se ao acordar, você não encontra o motivo de fazer determinada atividade – mas o faz por ser necessário – e não encontra seu disfruto futuro – a finalidade do feito –, está então na hora de estabelecer metas.

Para Cortella, desempenhar uma tarefa por necessidade, apesar de frustrante, não é um ponto crucial para aqueles que não tenham objetivos, pois para qualquer busca ou meta, é necessário o esforço; a abdicação de algo; os momentos difíceis e longos. Não existem atalhos, por exemplo: sonhar ser um pintor. É fácil imaginar-se renomado, genial, recebendo lindas mensagens e orgulhar-se de sua imagem. Difícil é entender que, para ser um grande pintor, há uma história, e que no meio dessa história, momentos frustrantes ocorrerão, como: galerias não sendo vendidas; momentos de escassez de ideias; críticas.


O fator crucial então, no meu ponto de vista, diante dos conceitos e comparações feitas por Cortella, é que, imaginar que tudo será fácil, ou viver como um robô – sem saber onde chegar –, é o que te faz sentir frustrações constantes. Estabelecer metas é fundamental, pois o caminho é o mais importante. Ninguém vive de seus sonhos. Vivemos de desafios.

14 de setembro de 2017

Artigo de opinião

Bárbara Andrade

A maioria das pessoas odeia a segunda-feira, já que esse dia significa um recomeço de toda a rotina desgastante da semana, gerando a raiva em grande parte das pessoas. Ao escrever o 3º capitulo do livro Por que fazemos o que fazemos?, Mario Sergio Cortella cita alguns motivos que tornam a rotina dos trabalhadores desagradável e desgastante. Segundo o autor, existem três motivos que causam o ódio: a falta de propósito; de reconhecimento; a partilha desequilibrada das tarefas.

Atualmente vivemos em uma geração em que as pessoas têm muito mais liberdade para fazer suas escolhas pessoais e profissionais. Nós, jovens, não buscamos apenas um trabalho que tenha uma boa remuneração e estabilidade. A busca pela realização pessoal e profissional é prioridade nos dias atuais.

Diante deste cenário, Cortella cita a falta de propósito como um motivo que gera o ódio pela segunda-feira, pois o colaborador que não enxerga uma finalidade nas suas tarefas, não trabalha motivado, o que resulta em um funcionário cansado e insatisfeito. 

A falta de reconhecimento, por parte das empresas, também ajuda a construir esse ódio pela segunda-feira, pois mesmo que o nível de desgaste seja auto, se o funcionário for reconhecido, existe a vontade de retornar à empresa para realizar sua função.

Outro ponto importante são os funcionários que ficam sobrecarregados. Quando o indivíduo exerce mais tarefas que sua obrigação, gera-se nele um sentimento de esgotamento e, normalmente, o serviço não é realizado com qualidade. 

São diversas situações que se acumulam e geram ódio pela segunda-feira - que simboliza o recomeço de uma semana sem objetivos e motivações, marcada pela falta de reconhecimento do trabalho realizado na empresa - e que ficam cada vez mais desgastantes, pois estamos  sobrecarregados de tarefas. O funcionário e a empresa podem mudar esse cenário, no entanto, tem que existir uma colaboração entre as partes, para transformar a segunda-feira em sexta-feira.

12 de setembro de 2017

O poder da decisão

Kaique Souza

Uma expressão famosa, muito disseminada entre os brasileiros, é “engolir sapos”. Significa que você precisa aceitar ou aguentar situações que não lhe agradam por um bem maior, mas também, pode ser sinal de fraqueza.  É sobre isso que o autor Mário S. Cortella disserta nos primeiros capítulos do livro Por que fazemos o que fazemos?.

Uma forma de analisar este problema é a desmotivação observada em diversos trabalhadores, que é evidenciada pelo ódio que estes sentem da segunda-feira. O que explica esse ódio, segundo o autor, é o fato de as pessoas não saberem o propósito de determinada ação tomada, desmotivando-se rapidamente por serem alienadas.

Ainda nos primeiros três capítulos, Cortella argumenta que se o colaborador não gosta do que faz, mas entende um propósito naquilo, o deve fazer sem objeções, onde a maior parte do feito se deve ao dinheiro ou ao reconhecimento. Um trabalhador reconhecido por suas ações é um trabalhador motivado por aquilo que faz. Neste caso, significa suportar condições, pois ao final, a felicidade virá.

Acompanhando o pensamento, deve-se entender as razões pelas quais você faz o que faz, mas também deve-se entender aquelas que você deixa de fazer.  Toda decisão implica em uma perda, ou seja, se decidimos trabalhar em troca de dinheiro, perdemos tempo de lazer, e isso ocorre em qualquer decisão. Logo, tomar uma decisão de trabalhar em um lugar que não gosta, ou com grande desgaste físico, foi sua escolha em trocar seu tempo livre por trabalho.

A leitura do livro fez-se entender que, pessoas são infelizes quando são alienadas, ou detestam seu trabalho por não entenderem o motivo pelo qual o fazem. Porém, esta situação foi criada pelas decisões das mesmas, situação esta que não é inalterada, tomando atitudes que levam a menos perda e mais ganho de tempo, dinheiro, reconhecimento, dinamização do trabalho, entendimento daquilo que faz e acima de tudo, felicidade.

11 de setembro de 2017

Capítulo 3 do livro Porque Fazemos o que Fazemos

Pseudônimo: Summer

As funções dos trabalhos nos dias atuais estão cada vez mais robotizadas, seguindo as formas dos modos de produção das fábricas, separando em setores onde muitos não se reconhecem no próprio trabalho e muito menos conhecem o que estão fazendo. Nesses casos, os trabalhadores, por não se encontrarem naquilo que fazem, se perdem na rotina.

Sem o autoconhecimento, apenas fazem o que fazem por necessidade, o que cria aqueles “funcionários de sexta-feira”: onde a maior expectativa da semana é a chegada do final de semana e o pior dia a segunda-feira.

Esse é um dos problemas que as pessoas do RH tentam resolver, ficando sempre atentos para a criação de programas para a diminuição dessa rotina, incentivos no trabalho mostrando cada setor da empresa, fornecendo auxílio no conhecimento do próprio trabalho, propiciando representação naquilo que faz, incentivando a vestir a camisa da empresa e a sentir-se integrante da mesma.

Porém, mesmo com essas iniciativas, tudo parte de si mesmo. O autoconhecimento começa quando o próprio buscar se encontrar naquilo que faz e se identifica naquilo que esteja fazendo.

Outro ponto importante é o equilíbrio entre as funções de cada funcionário; em muitas empresas acontece o desequilíbrio, onde uma pessoa faz mais que alguns outros e esses outros ficam somente na dependência daqueles que fazem. Isso pode causar um grande dano quando esses, por sobrecarga, se demitem das funções causando uma grande perda para a empresa.

Uma pessoa que se encontra naquilo que faz não espera chegar a sexta, não acha que o tempo demora a passar e não fica descontente com a segunda-feira. Pessoas motivadas e que se encontraram não desperdiçam um segundo e nem cada oportunidade de aprender mais sobre o que faz; muito menos desejam que chegue a sexta, pois a segunda é o dia mais esperado.

6 de setembro de 2017

Gerações Organizadas Por Lotes

    Vitor Trindade

   As interações sociais, conflitos ideológicos e choques materiais, escrevem a história e moldam a sociedade, fragmentando-a e dando início a novas formas de organizações. Tal conceito, identificado como Materialismo Histórico-Dialético, proposto por Karl Marx, faz-se presente nas alterações dos modos de produção. Essas alterações levaram, gradativamente, ao surgimento do capitalismo, sistema baseado em acúmulo de capital e privatização das propriedades. Esta privatização fez com que o trabalhador perdesse o domínio sobre os meios de produção (MARX, 1867) tendo que, portanto, vender a sua força de trabalho. A mecanização desta levou à alienação do trabalhador, não se reconhecendo no bem produzido/serviço prestado.

    Em Por Que Fazemos o Que Fazemos? (Mário S. Cortella, 2016), especificamente no capítulo 2, o autor retoma a ideia de alienação e acrescenta que a mecanização do trabalho – introduzida no Taylorismo/Fordismo - ocasiona perda de autenticidade, o que é fatal para as empresas no contexto econômico contemporâneo. Infelizmente, essa robotização do trabalho tem impactos mais graves em outros âmbitos, a longo prazo.

    Segundo o educador Paulo Freire, “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda” (FREIRE, 2000). Tendo isto em vista, nota-se a origem e os efeitos agravantes da alienação, fruto do conhecimento especializado. Este conhecimento professado em larga escala pelas faculdades, formam profissionais bem treinados e preparados para ingressarem no mercado de trabalho, mas não para romper as barreiras deste. Desta forma, a cada turma de formandos, mais se perpetua o ciclo de alienação. Se faz necessária, então, uma reformulação no sistema de ensino atual, a fim de aumentar as faculdades mentais dos estudantes, tornando-os capazes de promoverem criações próprias, aumentando o autoconhecimento na atividade exercida, ao invés de agregarem à roda de alienação e peças descartáveis.

    A pergunta que leva o título da obra de Cortella é essencial para que se note que a resposta desta está além de buscar segurança e adquirir bens. A mecanização do trabalhador, no período atual, não diz respeito ao exercer de tarefas manuais repetitivas, e sim no nivelamento, padronização e fim pré-determinado das capacidades intelectuais em produção vertical, colocando no mercado, ao fim de cada semestre, peças perfeitamente encaixáveis nos moldes atuais, sem apresentar riscos ao sistema.

Síntese – Livro: Porque fazemos o que fazemos?

Nayara Pontes e Mateus Freitas

A obra de Cortella apresenta observações sobre dilemas do cotidiano, que envolvem a nossa vida pessoal e profissional e que estão a nossa volta por todo o momento, sendo que muitas vezes nem percebemos.

Um dos pontos que chamam a atenção e que vale destacar é a questão da monotonia, pois ela é um estado em que chegamos quando entramos no automatismo e desligamos a nossa capacidade de raciocinar. O autor demonstra isto dizendo que a monotonia é quando fazemos algo sem prestar atenção, quando fazemos uma atividade sem perceber se está correta ou não.

Podemos exemplificar isso com uma pessoa que vai para o trabalho todos os dias de metrô e que obviamente sabe a estação correta de descer e quanto tempo levará para chegar, se caso não houver imprevistos. Como faz o mesmo trajeto todos os dias, então não prestará atenção em todas as estações que passar, só quando o destino estiver próximo. Porém, se caso esta pessoa for à casa de um amigo e seguir um trajeto que nunca fez antes, provavelmente ela irá prestar atenção em cada estação que passar, pois estará se certificando de que realmente está fazendo o caminho certo.

Outro ponto importante destacado no livro, é sobre o sonho pessoal que é citado no capítulo “Futuros e Pretéritos”, no qual é discutido sobre os sonhos que as pessoas idealizam, mas que sempre deixam para futuro, como a famosa fala “um dia irei fazer o que gosto”. Com o cotidiano monótono, as pessoas vivem o dia a dia com a esperança de realizar os seus desejos futuramente, mas em muitos casos isto se torna uma utopia, pois não levam em consideração todo o esforço necessário para alcançá-los.

De maneira geral, o livro nos traz reflexões de assuntos comuns, mas que muitas vezes não paramos para pensar sobre. Provoca o nosso pensamento fazendo com que pensemos em nossas atividades atuais e o que seremos e futuramente, traz um modo diferente e interessante se de pensar.

A Nova Alienação

Letícia França da Cruz

A alienação do trabalho é um tema que continua presente em nossa sociedade. Desde a Revolução Industrial, com o início da era das máquinas, os trabalhadores começaram a se familiarizar com funções repetidas e perderam a capacidade de perceber a finalidade de suas tarefas. 

No século atual, mesmo com o avanço tecnológico, muitas pessoas ainda exercem funções “robóticas” e não sabem a razão pela qual as estão exercendo. O hábito de sempre fazer a mesma coisa, sem questionamento leva o individuo a alienação e, consequentemente, a desmotivação.

Segundo o filósofo Mario Sérgio Cortella – “Porque fazemos o que fazemos”, a falta de liberdade do indivíduo em relação à escolha do que fazer é oriunda da má distribuição do trabalho, onde muitos são sobrecarregados com excesso de tarefas enquanto uma minoria possui liberdade para mudar sua rotina, pois não são prisioneiros de suas necessidades.

Apesar da melhoria nas condições trabalhistas em comparação com os séculos passados, muitos indivíduos ainda não enxergam um propósito no que exercem e não se reconhecem em suas funções. Isso gera insatisfação e um exército de pessoas reféns de suas necessidades, que realizam tarefas apenas para sobreviver.

O reconhecimento e a satisfação no que se faz é algo primordial para a satisfação humana. Ninguém atinge a plenitude com um emprego infeliz, onde não enxerga a si mesmo e onde não se motiva. Seria muito simples dizer que cada qual é responsável pela sua própria felicidade ou pela sua auto realização, mas o fato é que muitas pessoas por estarem “algemadas” às suas necessidades, não possuem o poder de escolher o que fazer com o próprio tempo.

Esgotados de não viver

Luccas M. Scarponi

Quem vive em grandes metrópoles mundiais sabe: 24h é muito pouco para um dia. Família, trabalho, amigos, afazeres, muitas vezes temos que "abrir mão" de certas coisas importantes, em detrimento de outras, mais importantes.

A falta de equilíbrio entre as tarefas familiares e profissionais tem criado uma geração de pessoas depressivas e insatisfeitas com suas vidas. O número de indivíduos depressivos tem aumentado vertiginosamente e especialistas afirmam que até a próxima década a depressão será uma das maiores causas de mortes evitáveis.

Diante desse preocupante cenário, fica ainda mais evidente a necessidade de buscarmos equilíbrio em nossas vidas e de, principalmente, trabalharmos com atividades que nos satisfaçam e que façam sentido.

Segundo uma pesquisa feita pelo ISMA Brasil, em 2014, 72% dos Brasileiros se sentem insatisfeitos com seus trabalhos, esse quadro nos põe a refletir o que temos que mudar para que essa insatisfação comece a diminuir, a fim de termos pessoas mais felizes e mais produtivas em seus trabalhos. Essa mudança impactaria positivamente a sociedade e as empresas.

O que faremos ainda não se sabe, o fato é que está na hora de desacelerar o ritmo das grandes metrópoles e começarmos a pensar em alternativas que tragam benefícios aos funcionários, à sociedade e às empresas.

5 de setembro de 2017

O trabalho e suas três sílabas

Douglas Massicano


A partir de três palavras-chave, o tema propõe como base o propósito, o sentido e o reconhecimento dos quais uma pessoa possui em sua vida profissional.

Pode-se notar verdadeira a ideia de que o homem necessita de um propósito para as suas tarefas diárias, como preconizado por Marx e Hegel. O sentido envolto naquilo em que é feito é de extrema importância, pois de nada adianta ter um propósito se o mesmo não tem sentido em sua vida. Logo, isto possibilita identificar se estamos fazendo algo que gostamos e que achamos “correto” em nossa vida.

Outrora, o termo reconhecimento - que não era visto como algo essencial – passou a ser uma necessidade básica do ser humano, onde o mesmo possui seu propósito e sentido, querendo ser reconhecido por suas decisões e feitos.

Vê-se atualmente grande parte das instituições focando nos propósitos, sentidos e reconhecimentos do trabalhador. Contudo, nem todas as organizações pensam desta forma.


A solução seria formar grupos profissionais dedicados a alcançar seus objetivos, todavia, sendo eles retribuídos moralmente, financeiramente e com a qualidade à altura das responsabilidades impostas.

O propósito

Mateus Freitas da Silva


 O livro Porque Fazemos o que Fazemos?, do autor Mário Sergio Cortella, apresenta uma análise sobre a nossa vida pessoal e profissional e a importância da integração entre colaborador e empresa. Nos primeiros capítulos, especificamente, é mostrado a importância do propósito em nossas vidas, sendo este o tema que gostaria de discutir.

 Um dos capítulos dessa obra, denominado Odeio Segunda-Feira, remete um pouco sobre a questão que irei abordar. A segunda-feira é o dia da semana cuja maioria das pessoas não gostam, já que este dia é marcado pela volta da rotina e seus problemas. Os escritórios amanhecem cheios, com novos relatórios, novas demandas e novas equipes. Tudo isso faz parte de uma rotina já conhecida por muitos e o que destaca as pessoas no meio deste cotidiano é o propósito que elas possuem.

 O propósito é fundamental, assim como destaca o livro, pois uma pessoa que não visualiza um futuro com propósitos e que não se enxerga na função que exerce, provavelmente está vivendo uma vida monótona, pois está sendo “carregada pelas ondas sem saber em qual praia cairá”.

A falta de propósito gera desmotivação e esta pode ser invertida caso a empresa ajude o funcionário. Entretanto, é preciso deixar claro que a empresa não pode motivar ninguém, pois a motivação surge de dentro do individuo. Sendo assim, a organização pode agir como um fator de estímulo externo.

O estímulo externo que a empresa deve oferecer é proporcionar um ambiente adequado para o individuo se autodesenvolver. Neste caso, o ambiente deve ser o mais acolhedor e positivo possível. Quando o funcionário tem conhecimento de seu trabalho e de sua importância, ele é apto a se desenvolver e crescer, pois a partir do entendimento de seu trabalho como um todo, ele é capaz de se encontrar naquilo que faz. Tudo passa a ser menos monótono.

Como resultado do esforço da empresa e do colaborador, esse último acaba encontrando o seu propósito na vida e em seu trabalho, sabendo assim, exatamente em qual “praia chegará”.

3 de setembro de 2017

Propósito e felicidade: um casamento difícil

Talisson dos Santos Ribeiro

A ideia de vida com propósito está quase que totalmente atrelada à atividade profissional que se exerce, pois somos aquilo fazemos. Busca-se a realização de tal propósito a todo custo, pois se acredita que assim encontrar-se-á a felicidade, que implica em enxergar-se e reconhecer-se naquilo que se faz ao mesmo tempo em que se obtêm recursos que satisfaçam necessidades, ambições e desejos. Entretanto, conciliar propósito de vida e felicidade constitui-se em uma “missão quase impossível”, uma espécie de privilégio que poucos detêm.

A sociedade do espetáculo em que se vive atualmente seduz a todo o momento. A geração atual é ensinada a estudar na melhor instituição de ensino, a ter o melhor emprego, a dirigir o melhor carro, a vestir as melhores roupas, a encontrar o amor de sua vida e construir o relacionamento perfeito. Muitos compram esse ideal de felicidade e perdem-se de si mesmos, esquecem-se de seu propósito próprio (se é que algum dia o encontraram ou preocuparam-se em encontrar). Não sabem quem são ou o que fazem e por que fazem o que fazem. Não conseguem encontrar um propósito próprio, pois se dedicam em alcançar um padrão de felicidade que pregam, insistentemente, ser o mais pleno, desejado e satisfatório.

Assim, submetem-se a empregos que odeiam, desgastam sua saúde despendendo tempo (o bem mais valioso de que se pode dispor) em tarefas laborais estressantes que não trazem reconhecimento e autor realização. Rompem laços afetivos e não se importam em trocar tudo isso por uma quantia de dinheiro depositada em suas contas bancárias no fim de cada mês e pelos likes que irão receber exibindo seu falso estado de felicidade em seus perfis nas redes sociais; seja exibindo um bem altamente cobiçado recém-adquirido ou postando uma selfie naquele ponto turístico deslumbrante em determinada parte do globo.

É preciso dedicar mais tempo ao autoconhecimento íntimo e pessoal para que se possa encontrar um propósito próprio e nele construir um ideal de felicidade igualmente próprio e empenhar-se em alcançá-lo. E, mais importante, entender que ser feliz, ao contrário do que se prega no mundo atualmente, trata-se primordialmente de ser e não de estar.

Segundas-feiras com propósito

Letícia Coelho Belém

O capítulo três do livro do filósofo Mario Sérgio Cortella aborda, de maneira sintética, uma frase muito presente no cotidiano de muitas pessoas: “Odeio segunda-feira”. Ele argumenta que quem reproduz esse tipo de expressão deve repensar quais são os seus propósitos. Se não há uma finalidade para o que se faz, dificilmente haverá felicidade ou prazer em seu exercício; será uma ação sem significado. Cortella cita o exemplo de um artista que ensaia incansavelmente por meses uma peça de teatro para, no final, apresentar quatro ou cinco sessões apenas, mas ficar muito feliz por ter um objetivo para tanto esforço.

Há também a abordagem de outra possível justificativa para tanto desânimo por parte dos funcionários de uma empresa: a distribuição desigual de tarefas, em que, alguns colaboradores ficam extremamente sobrecarregados enquanto outros podem desfrutar do ócio. Dessa maneira, é necessário que as empresas repensem as estratégias utilizadas para que as tarefas sejam melhor divididas e nenhum funcionário trabalhe por dois. Isso evitaria, por exemplo, uma rotatividade grande por descontentamento ou cansaço.

É interessante a abordagem de Cortella, apesar de algumas obviedades, ele faz com que o leitor reflita sobre seus propósitos diante daquilo que exerce. Será que há um propósito? Por que há tanta insatisfação no contexto organizacional? Algumas respostas são sugeridas pelo autor, mas parece que o objetivo maior, não só deste capítulo, mas do livro ao todo, é instigar uma autoanálise e encorajar, quem sabe, uma possível mudança.

O tema abordado é envolvente por se relacionar com o cotidiano; a leitura é fácil e prazerosa, pois a linguagem utilizada é objetiva, facilitando a compreensão rápida do que o autor quer transmitir, o que provoca interesse em continuar a leitura do livro. É dessa forma que o capítulo, sobretudo o livro, trabalha: motivando reflexões sobre “Por que fazemos o que fazemos?”.

Propósito como finalidade

Gabriela Conde

Ansiedade, tristeza, senso de não pertencimento e desmotivação no trabalho podem indicar que o indivíduo esteja cumprindo uma função alienada, robotizada e não autoral. Segundo o filósofo, comunicador e professor Mario Sergio Cortella, em seu livro Por que fazemos o que fazemos?, o segredo para o reconhecimento profissional é identificar um propósito na atividade executada.

Um dos principais desafios das empresas atualmente é alocar funcionários em diversos setores e departamentos e fazer com que se sintam parte indispensável e fundamental para o funcionamento da organização; que sejam engajados com as atividades que executam e que tenham senso de pertencimento e reconhecimento com aquilo que produzem ou com o serviço que prestam.

Este também é um desafio para a nova mão-de-obra especializada. Em oposição à visão dos mais velhos acerca do que é o trabalho e a carreira profissional, os jovens se destacam por terem uma necessidade de executar funções que não sejam engessadas, robóticas e alienadas. Segundo Cortella, a expressão “Não me reconheço fazendo isso” ou “aquilo” resulta desta transformação da motivação no indivíduo.

A alienação do trabalho, termo preconizado pelo sociólogo Karl Marx no século XVIII, simboliza o não reconhecimento da mercadoria fabricada por parte do trabalhador, seu criador. Ela promove um senso de estranhamento na relação produtor e produto, uma vez que o trabalho deste produtor fora racionalizado, fragmentado e segmentado. Logo, por não participar e conhecer todo o processo produtivo da criatura, o criador – que antes de sofrer o processo de alienação da sua função, praticava um trabalho autoral e artesanal, sendo assim, reconhecia a mercadoria como obra do seu esforço – não tem mais consciência de que ela, mercadoria forjada por ele mesmo, seja fruto do seu trabalho.

Porém, apesar da alienação e dramática racionalização terem provocado no trabalhador certo distanciamento entre ele e a mercadoria, é importante destacarmos a importância que esses aspectos tiveram e continuam tendo para o desenvolvimento tecnológico no mundo, principalmente no Ocidente.

Surge então um desafio para gestores e líderes a fim de lidar com os novos jovens que adentram no mercado de trabalho: provocar o imaginário do funcionário a fim de se obter um trabalho autoral, artesanal e criativo, mantendo a eficiência da racionalidade. Desta forma, o indivíduo se aproxima mais da sua atividade e identifica propósitos para cumpri-la.

O trabalho realizado com propósito, em que o fim dele é identificado pelo indivíduo e que gera nele satisfação é, portanto, a maneira mais sustentável e sólida de desempenhar qualquer função. É necessário que o funcionário, mesmo que destinado a executar uma função mecanizada, o faça da maneira mais autoral possível, para que ele possa perceber a importância do seu trabalho no decorrer da produção.

A rotina está tirando o prazer do dia a dia?

Samuel Czusz

Você já teve aquela sensação de depressão em uma manhã de segunda-feira quando o fim de semana parece estar a um milhão de quilômetros de distância? Você já começou a semana com a sensação que os seus níveis de motivação estão quase vazios? Nada pode ser comprovado cientificamente, no entanto, a maioria da população não gosta em específico deste dia. Por que de fato, as pessoas não gostam de segunda-feira?

O que deve ser analisado antes deve ser o motivo pelo qual o indivíduo acorda cedo numa manhã de segunda-feira. Muitos acordam por terem suas tarefas, principalmente em um ambiente corporativo. Não seria o trabalho ou exercício que estariam tirando o prazer diário do indivíduo e, por tal motivo, de não gostar de levantar cedo?

O não reconhecimento no cumprimento de tarefas ou não ter um propósito concreto em sua vida, podem de fato atrapalhar o convívio com pessoas ou até mesmo o “levantar” nas segundas-feiras. Aquilo que exercemos diariamente, se algo contínuo, não aguça as capacidades criativas, prendendo o funcionário psiquicamente em sua função e tornando o dia cada vez mais difícil, ou como em muitos casos, monótono.

Então, cabe ao próprio indivíduo, compreender o motivo que está impossibilitando suas manhãs de segunda-feira tornarem-se agradáveis. Quando perguntado ao autor o que ele achava do dia em específico, este respondeu convicto: “Gosto de segundas-feiras, pois é o dia mais distante da próxima segunda-feira”, ou seja, fazer suas atividades durante a semana é gratificante quando se tem um propósito. Não se deve sentir alienado em seu exercício, quando esse sentimento vier à tona, é hora de rever o seu propósito, caso isso não ocorra, não haverá prazer no seu dia a dia.

Fazemos o que fazemos porque precisamos fazer

Pedro Corrêa Costa

Capítulo 2 do livro “Por que fazemos o que fazemos?”- denominado Eu, Robô.

Cortella invoca a ideia de alienação em primeiro plano. Mais do que uma crítica, o autor nos faz pensar sobre situações vividas no dia-a-dia que passam despercebidas pelos nossos olhos, ou seja, Cortella consegue nos mostrar que até mesmo as pessoas que mais se preocupam com questões do cotidiano estão de alguma forma alienadas ou até mesmo “cegas” para situações recorrentes da vida.

Usando exemplos como o de Karl Marx e a sua teoria, Cortella faz uma referência ao conceito de liberdade de Marx e traz uma interessante ideia; existem dois tipos de liberdade em que um indivíduo inserido na sociedade pode desfrutar: a liberdade para e a liberdade de. As duas precisam ser conceituadas para um melhor entendimento. Um ser “livre para” tem escolhas, ou seja, ele pode simplesmente deixar de trabalhar por qualquer motivo, seja ele por estresse, diversão ou hobby. E existem as pessoas “livres de”, livres da fome, do desemprego, entre outras coisas. Mas ao redor desses indivíduos, há indivíduos (um grande número por sinal) de pessoas que não possuem esse tipo de escolha, fazendo com que a necessidade de sobrevivência seja sua única fonte de inspiração para se manter de fato vivo.

É nesta “exclusão” de liberdade, que a maior causa da alienação reside. Nem todo mundo pode simplesmente deixar o trabalho maçante de lado para ter mais qualidade de vida, muitas vezes as pessoas são submetidas a esse tipo de trabalho, pois é a única forma de elas acharem as ferramentas básicas de sobrevivência, como ter comida na mesa, um teto seja ele de qualquer forma e para garantir o sustento de sua família.

Cortella se refere a essa classe de indivíduos como “robôs”, uma palavra proveniente do Tcheco “robota” que significa “escravo”. É dessa forma que muitas pessoas são vistas em um mundo como o nosso: escravos do sistema. O que muitos de nós não sabemos, mas esse livro nos ajuda a entender melhor, é que nós em nossa grande maioria somos escravos de um sistema e nem sequer nos damos conta disso.

Artigo de opinião - Eu robô

Fabio de Souza Santana

A automação dos processos é um fenômeno que vem crescendo continuamente no âmbito industrial e laboral, com a finalidade de maximizar a eficiência do trabalho e consequentemente os ganhos das organizações. Porém tal fato tem se incorporado não somente nessas áreas, mas também nas ações humanas.

Constantemente em nosso cotidiano realizamos tarefas sem mesmo raciocinar o que estamos fazendo e porque estamos fazendo, simplesmente a realizamos. As atividades exercidas no trabalho podem ser tomadas como um claro exemplo desse tipo de ocorrência uma vez que em grande parte são tarefas repetitivas, que causam o sentimento de monotonia; a qual posteriormente irá desencadear uma acentuada desmotivação pessoal. A desmotivação, por sua vez, irá refletir diretamente sobre os resultados das funções desempenhadas pelo funcionário, mais tarde isso poderá incidir sobre os rendimentos da organização. Nessa situação é de grande valia uma intervenção por parte da empresa, não somente por conta dos rendimentos pessoais de um único funcionário, mas sim para que tal eventualidade não se torne um problema generalizado.

Como solução seria interessante que as empresas fizessem um planejamento de forma que as atividades desenvolvidas por cada empregado fossem balanceadas e divididas de forma igualitária. De modo que o funcionário não exerça sempre as mesmas funções e gradativamente seja treinado para que execute atividades mais complexas. Progressivamente isso iria dissipar com a monotonia do trabalho e proporcionar o sentimento de reconhecimento e importância dentro da organização.

Em busca do autodesenvolvimento

Nayara Pontes Barbosa

Tema: Eu robô? Não... (Cap. 2 – Livro: Por que fazemos o que fazemos?)

Em nosso dia a dia, às vezes é comum reclamarmos ou observarmos as pessoas reclamarem das tarefas que precisam executar durante a semana, principalmente no ambiente de trabalho. Entretanto, quando isso se torna excessivo a resposta pode não ser apenas o cansaço, mas também pode ser a estagnação das atividades que está praticando.

Sendo assim, podemos simplesmente pensar que, se a pessoa está exausta de fazer o que tem feito, ela deve buscar outras atividades que goste de fazer para se sentir realmente plena. Porém, na maioria das vezes sabemos que não é bem assim que funciona.

No livro “Por que fazemos o que fazemos?”, por exemplo, o filósofo Mario Sergio Cortella, entre outras questões, menciona sobre o trabalho alienado no qual as pessoas agem de modo automático, causando a perda da razão do que estão fazendo e, consequentemente, fazendo com que não percebam a sua importância no resultado final, levando a se sentirem esgotadas de suas próprias atividades.

O dilema é que nem todos possuem o direito de escolher sobre o que querem fazer, pois geralmente estão realizando aquele trabalho por pura necessidade de sobrevivência. Quando isto acontece, a pessoa acaba fazendo o trabalho por obrigação, podendo prejudicar a sua própria evolução mental, pois isto atrapalha o desenvolvimento pessoal causando deficiência na criatividade e inovação.

Mesmo que o indivíduo não apresente meio de escolhas para trocar suas atividades, o que pode melhorar a condição é ele buscar conhecimentos diferentes da área que atua todos os dias, para que desse modo possa sair do “quadrado” onde está acostumado ficar. Digo isto principalmente levando em consideração os dias atuais, pelo fato da coleta de informações e conhecimento ser mais simples e rápida do que antes.

Diante disto, deve-se levar em conta que o cansaço das tarefas diárias pode ser comum em todo ser humano, mas o desejável é que fiquemos cansados depois da correria de exercer o que gostamos e não por estarmos fazendo o que não gostamos. De todo modo, seja qual for a área de atuação, devemos tentar ampliar o conhecimento em todas as hipóteses, pois ele abre portas.

Meu pé de laranja lima

Déborah Coelho

O livro traz a história de Zezé, uma criança muito peralta que passa por várias dificuldades em sua família, dentre elas a financeira, visto que seu pai está desempregado e apenas a sua mãe trabalha.

Zezé é tido como saco de pancada da família, tudo o que aprontava recebia uma surra e terminava sempre com o mesmo pensamento de que não servia para nada e quem ninguém gostava dele.

Devido a esse mundo de dificuldades, ele cria seu universo imaginário, com personagens e seu pé de laranja lima, que vira seu melhor amigo a partir da mudança de casa.

O personagem principal, sendo muito inteligente, aos cinco anos já sabendo ler foi colocado na escola e foi eleito o melhor aluno.

No caminho para escola, Zezé e seus amigos tinham costume de pegar “canguru”, ou seja, carona na traseira dos carros; desafiado por si mesmo ele tenta pular no carro conhecido como o mais bonito, o de Seu Manuel Valadares, um português. É pego pelo mesmo e leva um puxão de orelhas.

Passados os dias, seu Valadares encontra Zezé com o pé machucado por um vidro e tendo dó do menino, leva-o à farmácia para que fosse cuidado.

Com o passar dos dias, Portuga (apelido dado por Zezé) e o menino tornam-se grandes amigos, pois o português tem dó da situação do menino e, o enxergando como filho, o leva para passear e anda com ele para todos os lugares.

Até que um dia uma tragédia aconteceu, Portuga estando em seu taxi é acertado pelo trem na travessia e acaba morrendo; Zezé, ao saber da notícia, fica muito doente por saber que perdeu seu amigo e depois de um longo tempo com sua saúde abalada ele se recupera e segue sua vida.

Com tudo percebe-se a sensibilidade da história desse menino, que apesar de triste, procura sempre driblar as dificuldades da vida com sua imaginação.

MAR ! AZUL TÃO BONITO

Déborah Coelho


Com uma imensidão azul,

Você pode ir de norte a sul.

Viajando pelo mundo,

Com descobertas a cada segundo.



Aos olhos parece infinito

Com uma calmaria e azul tão bonito.

Mas, as vezes com sua braveza,

Ondas gigantes nos trazem tristeza.



As rochas nele parecem flutuar

Nos revelando bichinhos que estão a nadar,

Uns grandes, outros pequenos



Como baleias procurando os nemos

Peixes, água, areia e sal,

Formam uma passagem sensacional.

Aprendendo a refletir sobre o que falamos e pensamos

Nayara Pontes Barbosa

LIVRO: Por que fazemos o que fazemos?
AUTOR: Mario Sergio Cortella
Nº PÁGINAS: 174
EDIÇÃO: 18ª

A obra de Mario Sergio Cortella nos faz refletir sobre aspectos da vida e determinadas situações que não costumamos perceber, pois às vezes temos hábitos não pensados mas que normalmente acontecem, principalmente no mundo do trabalho.

A pergunta exposta no título do livro tem o objetivo de fazer-nos pensar em nosso propósito como pessoa, ou seja, o que nos faz estarmos firmes todos os dias para enfrentar a rotina? Rotina esta que, segundo Cortella, é importantíssima seguir para manter o êxito em nossas atividades e ele explica o porquê.

Dividido entre capítulos curtos, o livro explica e exemplifica de maneira clara cada ponto de vista mencionado e fala como costuma ser nosso comportamento diante do emprego e o que devemos fazer para sermos melhores como pessoas dentro e fora da organização.

A ideia de evitarmos ser pessoas automatizadas, sem o afloramento do conhecimento e com a execução das atividades sem a devida atenção e dedicação é um tanto explicitada, remetendo as teorias do Taylorismo.

É um livro recomendável tanto para jovens que ainda estão entrando no âmbito das responsabilidades (que usualmente ainda estão assentando o seu caminho a traçar) quanto para adultos formados e idosos que já passaram por uma série de fases na vida. É bastante ressaltado que enquanto tivermos energia para uma próxima etapa a seguir, idade será apenas um detalhe.

Cortella utiliza sabiamente a filosofia para nos responder perguntas ou inquietações que temos, como por exemplo, o fato de reclamarmos da segunda-feira ou reclamar da função que executamos no trabalho, do porquê que nunca estamos satisfeitos, entre outros hábitos que geralmente não paramos para fazer uma reflexão fundamentada.

De modo geral, o autor alcança o objetivo de ir diretamente ao ponto, no máximo dando alguns exemplos de suas próprias experiências, sem fazer rodeios para que sua mensagem seja transmitida com excelência.

Alfabetização financeira e a multiplicação do dinheiro

Nayara Pontes Barbosa

LIVRO: Pai Rico Pai Pobre
AUTOR: Robert T. Kiyosaki; Sharon L. Lechter
Nº PÁGINAS: 181
EDIÇÃO: 66ª

Neste livro, Robert conta e participa da história na qual ele tem dois pais, um pobre e um rico. O pobre é o seu pai biológico, também chamado de pai instruído, além de ser um professor meramente inteligente, é um funcionário do governo com um amplo histórico acadêmico. Em relação aos estudos e trabalho, este pai tenta orientar o filho como a maioria das pessoas fazem “vá para a escola, tire boas notas e procure por um emprego seguro para ter uma boa aposentadoria”.

Já o rico é o pai de Mike, seu amigo, que é chamado assim por saber como fazer o dinheiro se multiplicar e entender tudo o que envolve negócios e investimentos; este possui uma carreira bem-sucedida com diversos bens e patrimônios.

Apesar de Robert se considerar um garoto sortudo por ter dois pais a quem pedir opiniões sobre sua formação, o caminho que realmente é seguido por ele e por Mike é o que pai rico havia lhe ensinado. Eles aprenderam a fazer com que o dinheiro trabalhasse para eles, ao invés de ser o contrário. Segundo o que diz o livro, quando trabalhamos para o dinheiro sem perceber, estamos participando da corrida dos ratos. Essa corrida é um ciclo vicioso onde a maioria das pessoas costumam entrar e quase nunca conseguem sair, ou às vezes não acham que devam sair por considerarem que já estão num emprego seguro e não devem correr nenhum tipo de risco na rotina profissional. E é assim que pai pobre pensava.

Enquanto eram apenas crianças de nove anos, tudo parecia confuso para os dois meninos, mas após adquirirem mais idade e amadurecimento na mente conseguem finalmente entender o que precisam fazer na vida para serem ricos em um curto espaço de tempo sem precisarem trabalhar para os outros. Sendo um homem formado, Robert passa seu conhecimento adiante para as outras pessoas, transformando a corrida dos ratos num jogo para o próprio aprendizado através de palestras e conselhos a quem os pedisse.

De modo geral, o livro nos traz diversas dicas de como manusear o dinheiro a fins de multiplica-lo, sendo uma delas conhecer a diferença entre ativos e passivos. Uma vez aprendido isto, fica mais fácil de entender os procedimentos que devemos fazer para crescermos financeiramente sem trabalhar arduamente. Sendo assim, é um livro recomendável para quem tem interesse em assuntos financeiros, que busca ampliar as visões sobre este meio.

Resenha do livro "A Meta"

Giovana Leopoldo Guimarães

A obra "a meta", escrita por Eliyahu Goldratt, relata a dificuldade de um gerente em conciliar a vida profissional e a relação com a esposa e filhos. Nesta empresa que é citada, o gerente encontra uma série de dificuldades em administrar o tempo e os produtos finalizados, geralmente os produtos saíam atrasados e os clientes já estavam fartos dessa realidade.

O autor deixou de forma clara a ideia que o objetivo do livro é mostrar que as pessoas de poder dentro de uma organização precisam saber quais são os princípios e, automaticamente, a meta da instituição. Sabendo isso, deve associar as metas traçadas com o estilo de produção adotado. No enredo, o protagonista (Alex) tem apenas três meses para conseguir reverter a situação atual da empresa.

Em meio a tantos obstáculos ele acaba deixando de lado a vida pessoal, viajando e fazendo longos turnos de trabalho, atitudes que começaram a aborrecer a esposa (Julie) e entristecer os filhos, que sentiram a ausência do pai por estar tão focado na empresa.

O livro também cita abertamente a necessidade de calcular o gasto operacional, que seriam os gastos básicos para a produção e finalização do bem a ser comercializado. Também citou que o uso de estoque exagerado é um grande problema para a organização, pois é resultado de mão de obra e custos que estão parados e que, possivelmente, sejam comercializados em um tempo futuro.

Com ajuda de alguns companheiros, que conseguiram abrir os olhos de Alex mostrando como realmente identificar qual é a meta e qual os objetivos da empresa, foi possível uma melhora notável e satisfatória para o gerente e todos os funcionários.

A obra é indicada para estudantes de administração, economia, contabilidade e gestão de negócios, por se tratar de um assunto comum a estas áreas. Contém dicas e situações problema que podem ser aplicadas às teorias citadas no livro, ajudando no gerenciamento de produção e no ajuste do tempo operacional, reduzindo os custos e implantando novas tecnologias.

Observações...

Taynara Tosarelli Sandor


Nos últimos dias, venho observando o comportamento das pessoas ao redor; sejam no ônibus, na faculdade, nos mercados, ou até mesmo os amigos e colegas. Todos nós passamos a viver em um mundinho próprio e fechado, deixamos de nos importar com o que acontece com as pessoas. As pessoas não se cumprimentam mais ao passarem umas pelas outras na rua, não ajudamos mais os idosos nem ao menos para atravessar; não cedemos mais lugares nos ônibus, trens e metrôs para os que necessitam e não nos importamos mais com os que nos cerca.

Na faculdade, as pessoas não interagem mais, todas em celulares, notebooks, livros, cadernos e se esquecem do quanto é gostoso e divertido fazer amizades novas e, por culpa dos mesmos, acabamos perdendo pessoas maravilhosas.

Hoje em dia até o amor passou a ser uma disputa onde uns ganham e outros perdem, deixou de ser um sentimento puro e desejado e acabou perdendo sua essência. As pessoas se protegem, machucando umas as outras sem direito a uma chance para algo bom que possa surgir. Protegem-se para não serem machucadas e para talvez não machucar, porém sem sucesso.

Virou moda ser desapegado e amar virou “clichê”. Gostaria de saber até quando vamos viver assim: batendo uns nos outros, destratando as pessoas, ignorando aqueles que precisam de nós, discriminando-as pela roupa, estilo, cabelo, falando mal pelas costas e pela frente fingindo ser amigo. A moral e os valores, são distorcidos e esquecidos por uma sociedade que sente prazer no desprazer.

Precisamos progredir, tornarmo-nos pensantes, rever nossos conceitos dos acontecimentos atuais. Portanto, envio esta proposta: tente fazer algo legal, dar uma palavra amiga a alguém, ajudar o próximo. Sugiro sermos pessoas melhores a partir de agora.

Seja você!

Antônio Sérgio de Oliveira

Inspetor de alunos da FEI/SP


A vida passa... E os momentos são únicos! Por isso: Viva! Curta cada risada de um amigo. Sorria! Cada momento, cada gesto! Agradeça a Deus por respirar e andar! Acredite, você pode ir muito mais além... Basta acreditar! Sonhos se realizam sim! Viva intensamente! Não tenha medo! Se arrisque... Se errar, não tem problema, você aprende com o erro! Grite! Não seja um personagem... Seja você! Faça com que as pessoas te aceitem pelo que você é, e não pelo que tem ou deixe de ter! Reclame! Lute pelos teus objetivos! Problemas? Todo mundo tem... Cresça com eles!

19 de junho de 2017

Resenha do filme A Cabana

Roberta Campos


No dia 7 de abril de 2017 estreou nos cinemas o filme “A Cabana”, uma obra cinematográfica baseada no livro de William P. Young, publicado em maio de 2007. Um Best seller que teve mais de 18 milhões de cópias vendidas no mundo todo, sendo que, segundo pesquisas secundárias, a princípio o livro não foi escrito para ser publicado, era apenas um presente para 15 amigos do autor. Logo, é possível perceber o poder de uma boa obra literária, pois o que era destinado a 15 pessoas, acabou alcançando pelo menos 18 milhões de leitores, que por algum motivo se identificaram com o enredo.

O filme conta a história de uma família formada por uma mãe, um pai e três crianças (Josh, Kate e Missy) que a princípio eram muito felizes, pois tinham uns aos outros. Embora o passado de Mack tivesse sido conturbado, uma vez que seu pai era alcoólatra e batia na esposa, ele visava respeitar sua família, justamente da forma que seu próprio pai não fez com ele e com sua mãe.

Um dia, o pai (Mack) foi acampar com os filhos em um bosque. No dia posterior a data em que chegaram ao local, os filhos mais velhos de Mack estavam se divertindo em uma canoa enquanto Missy, a filha caçula, estava desenhando, próximo ao trailer da família. Repentinamente, sua irmã mais velha ficou em pé na canoa, fazendo com que o barco tombasse. Seu irmão ficou submersamente preso na canoa. Mack, o pai, imediatamente correu para salvar o filho, porém esse foi o motivo para que a família ficasse incompleta naquele momento, pois enquanto o pai salvava o filho, Missy (a caçula) desapareceu. Havia apenas sinais de que ela teria sido violentada e depois brutalmente assassinada em uma cabana em meio às montanhas.

Devido a este ocorrido uma profunda tristeza tomou conta da família. Principalmente no pai e na filha mais velha que se sentiam culpados pelo ocorrido. Cerca de três anos e meio depois, Mack recebeu um bilhete misterioso, que supostamente havia sido escrito e enviado por Deus, onde ele o convidava para visitar uma cabana localizada no bosque onde ocorreu a tragédia com sua filhinha.

Depois de finalmente chegar à cabana onde tudo aconteceu, Mack foi direcionado até uma cabana linda em um local semelhante com o que se imagina ser o paraíso. Lá ele encontrou com a Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), que foi personificada pelo autor de uma maneira diferente ao que muitos imaginam ser na realidade. Aos poucos, ele passa a se acostumar com a ideia de estar próximo de Deus e começa a aceitar e a aprender com o ocorrido.

Depois de aprender a perdoar a si mesmo, ao seu pai e ao assassino de sua filha, Deus o levou para um passeio em que teve a oportunidade de rever Missy e perceber o quanto ela estava bem.

Por fim, Ele mostrou à Mack onde o corpo de Missy estava e juntos, transportaram até um esquife de madeira, construído por Jesus, onde o corpinho dela descansaria em paz.

Quando Mack retornou para a sua cidade, acabou sofrendo um acidente de carro, ficando assim, internado em um hospital. Para surpresa de todos, inclusive do protagonista, ele “nunca realmente chegou a voltar para a cabana onde o crime aconteceu”. Na verdade, durante seu trajeto um carro veio a colidir com o seu, resultando em três dias em coma.

Ainda no hospital, Mack conseguiu convencer a esposa dos momentos em que passou com a Santíssima Trindade e acalmou o coração de Kate (a filha mais velha), tirando um pouco da culpa que ela mesma sentia.

O filme possui 2 horas e 13 minutos de muita emoção e é indicado para pessoas que gostam de obras cinematográficas que deixam uma mensagem de reflexão para ser levado para a vida, independente da religião.

18 de junho de 2017

Incoerências cotidianas

Kimberly Tuane Candido


O Pequeno Príncipe, apesar de soar como livro infantil, traz grande reflexão sobre como vivemos. Claro que uma criança – como eu que li pela primeira vez aos dez anos – não entenderia as metáforas por trás da aventura, mas agora relendo percebo a importância de cada aspecto do livro. O livro foi lançado em 1943 pelo autor francês Antoine de Saint-Exupéry.

Quando um aviador se encontra em meio ao deserto do Saara com seu avião quebrado, surge um menino misterioso. Este critica que as pessoas são condicionadas a pensar apenas com números, visar à quantidade e não a qualidade. Dá-se o exemplo de que quando esses avistam uma casa não contam às outras pessoas as características da casa, o que os impressionará é o quanto custa essa casa.

O narrador conta que após deixar seu planeta para fazer novos amigos, o Pequeno Príncipe visitou uma seria de sete planetas, cada qual representando uma característica da sociedade. O primeiro era habitado somente por um rei prepotente que ensinou o Pequeno Príncipe que, para ter obediência, é preciso dar ordens razoáveis e que possam ser cumpridas. Na desculpa de que deve haver condições favoráveis para a obediência, esse escondia que na verdade ele era impotente com relação em governar alguém ou algo em seu planeta – já que era o único habitante. O desejo sobre poder e a hipocrisia são as lições passadas nesse planeta. O segundo planeta representava a vaidade, pois seu único habitante exigia prestígios, elogios e aplausos a todo o momento. O Pequeno Príncipe então questionou “para que lhe serve isso?”, uma questão difícil de se responder uma vez que a vaidade, no mal sentido, é um ato mesquinho e que não tem utilidade para fazer bem a outras pessoas.

No próximo planeta havia um bêbado que bebia para esquecer que tinha vergonha de si mesmo por beber. Um ciclo vicioso que o impossibilita de ver além e perceber que aquilo não fazia sentido algum. No quarto planeta havia um empresário com a lógica semelhante à do bêbado: contava estrelas, as possuía e usava as estrelas que tinha para comprar mais estrelas. Nem mesmo tinha tempo para acender seu cigarro, sempre focado em contas gigantescas para medir o quanto ele era rico e o quanto mais poderia ficar. Afinal, para que servem os aplausos, as quantias de estrelas, a obediência e o paradoxo do bêbado senão apenas encher a vida destes com práticas inúteis e infundadas? O empresário se dizia um homem ocupado, mas para qual finalidade? Justamente porque o “ter” é mais valorizado do que o “ser”. Ter poder, prestígio, objetos de valor dentre outras coisas prende o ser a situações que não o leva a nada de fato com valor.

O quinto planeta era pequeno e havia nele apenas um lampião e um acendedor de lampiões que era responsável por ligar e desligar a iluminação. Ele se queixava que seu trabalho era muito cansativo, uma vez que nesse planeta cada dia tem um minuto de duração, tendo ele então de acender e apagar o lampião conforme manda o regulamento. Antes os dias eram mais longos, por isso o trabalho dele era mais fácil e fazia sentido. Embora a rotação de seu planeta tenha aumentado o regulamento não mudou e ele continuou alienado a esse processo sem contestar se era plausível e viável diante das situações atuais. Muitas das vezes nos prendemos a normas e regulamentos que não percebemos que tudo seria mais fácil se fossemos flexíveis às mudanças e nos limitássemos menos aos procedimentos. No sexto planeta um geógrafo estava em situação semelhante. Ele não havia nada de seu planeta para catalogar porque ele simplesmente não podia ir desbravar seu território. Segundo ele, apenas exploradores podem ir a campo pesquisar e levar os dados coletados ao geógrafo que somente cataloga e coloca em livros. Limitado por sua profissão, ele perde muita coisa que poderia ser importante como, por exemplo, catalogar a rosa do Pequeno Príncipe de seu planeta. A visão míope o impede de ver que sua profissão o tornou obsoleto, uma vez que depende de outra para funcionar.

O ultimo planeta que o Pequeno Príncipe visitou foi a Terra, uma lugar onde há milhares de reis, vaidosos, bêbados, empresários e geógrafos. Ele aprendeu na Terra, através da raposa que se tornou sua amiga, a amar sua rosa que havia deixado sozinha e desprotegida em seu planeta. Com a célebre frase “O essencial é invisível aos olhos”, a raposa o fez perceber que deveria ter dado valor a rosa, ela é única no mundo para ele. Os laços que eles criaram e o tempo que ele dedicou a ela a tornou insubstituível.

No dia a dia corrido e estressante muitas das vezes não nos damos conta de quantas incoerências praticamos. Buscar a felicidade em coisas superficiais é apenas o começo de uma seria de ignorâncias que cometemos. Deixar que a vida passe sem ao menos ter vivido como se quer. A felicidade pode ser encontrada em coisas grandiosas ou pequenas, mas em grande parte ela se faz nas situações que importam de fato para a pessoa. Cada um de nós é único e insubstituível, por isso é muito subjetivo definir o que é realmente importante na vida. Por essa razão o autor Antoine de Saint-Exupéry traz uma relatividade em “o essencial é invisível aos olhos” e “só se vê bem com o coração”, dessa forma cada um pode refletir sobre o que é importante para si.