29 de dezembro de 2013

Entre fins e recomeços, faz-se a experiência

A todos os nossos colaboradores, agradecemos imensamente. Foi um ano pra lá de bom, com muitas contribuições literárias e partilhas entusiasmadas neste Blog. Também tivemos o prazer de, contribuindo para a promoção do Sarau Literário da FEI (na aba “Eventos”), conhecer alguns de nossos escritores virtuais. Essa vivência foi, sem dúvida, um profundo estímulo para nós, que sabemos da importância da cultura letrada na melhoria das relações humanas. Mais do que isso, neste ano, conseguimos viver o melhor da vida: trocamos experiência ao nos colocarmos em diálogo com tantos e tantos textos, os quais nos impulsionaram ao conhecimento do mundo, de nós mesmos, da comunidade. Que em 2014 nós consigamos manter o ânimo de buscar outras aventuras no mundo das letras, porque, sabemos, por meio delas, nós nos fortalecemos e nos humanizamos.Obedecendo aos ciclos da vida, cumprimos os rituais de fins e de recomeços. Que esses momentos sejam preenchidos de sentido para todos, porque é certo que nada existe sem empenho e dedicação: o Natal não acontece em sua plenitude se nós não dermos o sentido que lhe cabe; o romper do ano será apenas uma queima de fogos se nós não reafirmarmos os desejos coletivos de vida fraterna a todos.E assim, com tempo ofertado às letras, esperamos em 2014 continuar a estimular a comunidade a experimentar, a um só tempo, reflexão e emoção na escrita e na leitura amorosa dos textos.Um fraterno abraço e uma vida cheia de sentido para cada um e para todos nós!

          Giselle Larizzatti Agazzi.

30 de junho de 2013

Você tem medo de quê?


Os projetos, não sendo ainda realidades vividas, nascem de sonhos. E este blog nasceu de um, muito específico, impulsionado pela paixão pela literatura. A educação literária tem perdido espaço nos nossos tempos, sempre corridos e concorridos. Quem é que se dá o direito de parar um dia-noite e usufruir de um poema? Uma crônica? Um conto? Um romance?! 

Nós. Nós paramos um dia-noite de trabalho-estudo-estágio-ócio para embarcar na literatura, porque sabemos que é aí que ganhamos. Por quê? Pergunta boba, não fosse a dificuldade de respondê-la. Porque é na literatura que a pessoa se confronta com seus valores estratificados, é nesse espaço que ela se revê, repensa seu mundo, seus valores, seus pontos de vista. 

Ao fim, o que temos são pessoas pouco dispostas a reverem seu modo de ver o mundo e a si mesmas. Por quê? Mais uma pergunta boba, não fosse o perigo da resposta. Porque têm medo. E medo de quê? Esta, não saberíamos responder....

Temos muitas alegrias, quando pensamos nos resultados até aqui obtidos. Os textos publicados comunicam os porquês dessas alegrias. 

Gostaríamos de agradecer imensamente todos os que contribuíram com este um ano de trabalho. E convidá-los para mais um. Agora, com novos desafios e novas propostas, como a parceria que estamos desenvolvendo com a biblioteca do Centro Universitário da FEI. 

Aguardem-nos. Nós, que não tememos nossas contradições e as do mundo, vamos por novas veredas, bem acompanhados por vocês. 

Fraterno abraço!
Giselle Larizzatti Agazzi 


8 de maio de 2013

Dois dedos de prosa


Giselle Larizzatti Agazzi   

          Um dos fenômenos que mais me assusta nos dias de hoje é a falta de tempo que os homens têm para, como diria meu avô António, “trocar dois dedos de prosa”. “Dialogar”, para os que gostam de pesquisar a etimologia das palavras, remonta o sentido da comunhão entre as pessoas: da fusão das palavras gregas “dia” e “logos”, um dos significados é exatamente o de construir sentidos através de palavras que se encontram e se enfeixam em novos pensamentos. 

          O diálogo, pois, é o encontro entre os discursos. E aqui está o valor da conversa descompromissada. 

         Não raras vezes, entramos na sala dos professores e vemos todos eles (todos nós!) cheios de coisas a fazer, correndo de um canto a outro, imprimindo, recebendo aluno, corrigindo prova, preparando aulas...e a vontade de conversar vai se intimidando diante dos compromissos do dia que devem ser cumpridos. 

         Entretanto, e é aqui que reside a vida verdadeira, resistem as “brechas” do tempo: um dia ensolarado, nosso colega Ricardo Belchior comentou rapidamente sobre um aluno brilhante da Engenharia Química. 

       Logo me interessei, porque, tendo como última entrevista a do Reitor, nada mais justo do que entrevistar um estudante, para fecharmos o ciclo. Das integrantes do grupo Palavras Conectadas da FEI, vi os olhos brilharem com a proposta de conversarmos com um colega. Ao nosso convite, Allex Cabral respondeu prontamente e conosco compartilhou seu “entusiasmo”, outra bela palavra, quando conhecida por dentro dos seus sentidos etimológicos. Mas esses outros sentidos ficam para serem iluminados pelos espectadores/leitores que seguramente se entusiasmarão com a entrevista concedida por ele.

30 de janeiro de 2013

A Literatura salva o homem do abismo.





           Tantos escritores-leitores já disseram isso, de modo mais ou menos poético.
O fato é que não há quem não goste de ler. O que é possível, sim, é que o leitor esteja diante de um texto que naquele momento não gostaria de estar lendo. 
           Nada mais justo: temos a liberdade de escolher deixar aquele texto de lado e buscar o próximo. Como dizem os mais jovens, a fila anda. É nesse andar que os textos se exibem para os leitores em potencial: a expectativa é a do convívio mais que perfeito, o que só é possível no conflito. E como não ser assim se todo encontro nos mobiliza internamente?
           Conviver com textos é como conviver com pessoas, um exercício que requer muito dos olhos que percorrem as letras. Como toda convivência, um texto empurrará o leitor para fora da sua zona de conforto, para, enfim, o abismo, aquele mesmo do qual, finda a leitura, o salvará. Não porque a literatura de boa qualidade conforte, dê “colo” para o leitor, mas porque ela o inquietará, desmontará preconceitos, sacudirá a poeira do ser envelhecido pelo cotidiano, criará o caos do qual emergirá o único silêncio possível capaz de libertar a alma dos seus grilhões.
           Para falar desta literatura, espaço de liberdade e de conquistas, entrevistamos o professor doutor Fábio do Prado, reitor do Centro Universitário da FEI. Gentilmente, ele permitiu que nós roubássemos um curto espaço do seu tempo, tão concorrido, para falar sobre Literatura em uma sexta-feira de fim de ano. O convite, feito com tantas reservas pelo grupo, foi aceito alegremente pelo reitor que se entusiasmou com as próprias lembranças da sua história de leitor. E é com esse sentimento que queremos abrir um novo ano do nosso Blog Palavras Conectadas, partilhando a alegria do encontro com a literatura.
           Saudações literárias e um excelente 2013.
           Com a palavra, o Senhor Reitor!