11 de junho de 2017

A Última Vida de Gregor Samsa

Felipe Zapella Germano Nastari


Resenha do livro: A Metamorfose, de Franz Kafta

A Metamorfose, a mais famosa obra de Franz Kafka, se inicia com Gregor Samsa acordando de um terrível pesadelo, preocupado com o trem que precisava pegar. Ao acordar, percebe que ele próprio se transformou em um inseto gigante. Essa nova condição o impossibilita de cumprir seus compromissos como caixeiro-viajante, único sustento da família.

A família de Gregor se choca quando descobre o que havia acontecido com ele e decide mantê-lo dentro do quarto. A única pessoa da casa que se mostra afetiva a ele é a irmã, Grete, que durante um tempo cuidará dele e das tarefas da casa. Com o passar dos dias, o pai, a mãe e a própria irmã de Gregor, arrumaram empregos para se subsidiarem e passam a negligenciar o ente transformado. Em uma última tentativa de tentar chamar a atenção da família, Gregor vai até a sala, onde é mal tratado. Reúne, então, todas as suas energias para retornar para seu quarto, mas, quando chega, sua tão estimada irmã o trancafia. Gregor morre do cansaço e do desgosto. Sua família se vê livre e passa a sonhar com o futuro.

Gregor é a própria essência da vida humana. Enquanto homem era explorado pelos patrões e pelos familiares. Contava apenas com o afeto da irmã. Quando se transforma em inseto, vivência o horror, o nojo e o abandono, mas em momento algum ele perde a mais humana característica, que é a memória, é reconhecer seus familiares e amigos, por mais que o exterior esteja diferente.

Reconhecer igualdade nos outros parece ser a coisa mais difícil nos dias de hoje. Vivemos em um tempo de matanças desproporcionais sem motivos em que o homem mata o homem. E nenhum desses homens mortos havia se transformado em inseto ou outro bicho tão distante de nós.

Esta, talvez, seja a grande proposta de Kafka. Ao transformar Gregor em algo não humano, ele levou, ao protagonista, a verdadeira experiência de humanidade. Ele humanizou o não humano. É uma pena as pessoas lerem este livro pensando apenas no inseto, e não na transformação humanística. Humanidade não é só corpo, é alma também e sem alma não se vive. Este livro deveria ser lido por todas as pessoas, pois traz uma reflexão e uma mensagem sobre a natureza humana que muitas vezes nos esquecemos de fazer.

Crônica: Raízes e Sentimentos

Ana Lucia Pereira da Silva


Não faz muito tempo que cheguei aqui, se não me engano apenas quinze anos. Uma nova vida se abriu desde que eu deixei minha terra natal e tudo que eu conhecia para trás, a cidade grande de São Paulo sempre foi conhecida pelas oportunidades de emprego que fornecia e esse foi o motivo de eu ter vindo para cá. Mesmo com o tempo passando, eu não consigo esquecer minhas raízes, minhas lembranças permanecem firmes e em alguns momentos são o que me impedem de ficar triste.

Eu me lembro das pessoas, como todas conversam entre si e se conheciam, é o que costuma acontecer em uma pequena cidade do interior com poucos habitantes, me lembro dos lugares que frequentava, da natureza abundante e, especialmente, lembro-me das comidas que fazíamos. Nossa culinária sempre dizia muito sobre o povo, desde um café com garapa de cana-de-açúcar aos biscoitos e chimangos. Talvez seja por essa essência de cultura tão introduzida na comida que elas são as coisas que mais remetem as minhas lembranças.

Não é fácil encontrar alimentos como aqueles que existem no nordeste aqui na grande metrópole, mas quando encontrado é como se alguns biscoitos e chá se tornasse o mais maravilhoso banquete e eu estive reunido com minha família novamente. Cada mordida evoca os melhores momentos que eu vive e as pessoas com quem convive, não são fáceis de explicar os sentimentos que a culinária nordestina trás porque simplesmente não há palavras para descrever a sensação. Espero que algum dia a nova geração seja capaz de sentir algo parecido, mas confesso que ainda estou receoso que isso possa ocorrer porque para que se possa ter uma experiência como essa é preciso ter sensibilidade algo ausente nas pessoas atualmente.

Mesmo que eu esteja longe de tudo aquilo que eu amo, quando eu me encontro diante de comidas típicas nordestinas é como se esse manjar me desse a oportunidade de estar perto novamente nem que seja em pensamentos, lembranças e o que só fortalece minhas raízes.

A correlação entre a disciplina jurídica e o curso de administração de empresas

Roberta Campos


Geralmente quem cursa administração de empresas, visa obter uma visão holística a fim de conquistar futuramente um cargo de gestão ou criar uma sociedade empresarial. Entretanto, abrir uma empresa não é tão simples quanto parece.

Em direito empresarial, se aprende que empresa é unicamente a organização em que possui fins lucrativos, caso contrário, poderá ser considerado uma fundação, ONG ou associação, por exemplo.

Uma empresa deve ser registrada na Junta Comercial ou no Cartório de Registro de Pessoa Jurídica, apresentando um documento nomeado como contrato social.

O contrato social é um dos documentos mais importantes para a abertura e manutenção de uma empresa, uma vez que nele devem conter todas as respostas para um possível problema na organização.

Há regras também para os procedimentos relacionados à criação da razão social, capital social e criação de CNPJ, por exemplo.

Pode-se afirmar que o direito também está ligado diretamente à estratégia de uma empresa, podendo relacionar-se desde a escolha da natureza da sociedade até a possibilidade em ter uma marca, como vantagem competitiva.

É extremamente importante um planejamento eficaz a curto, médio e longo prazo, além de obter colaboradores qualificados a fim de garantir a qualidade plena dos produtos e /ou serviços de acordo com o que é estabelecido no Código de Defesa do Consumidor (CDC). Além disso, agir com boa fé deverá ser uma obrigação de todos os envolvidos na sociedade empresarial, assim como satisfazer as necessidades do público – alvo.

A má gestão é inadmissível para o sucesso de uma organização. Entretanto, no caso de estar dentro dos requisitos pré-estabelecidos, a empresa possui o direito a participar da recuperação judicial, que nada mais é do que mecanismos dados à empresa para dar continuidade em seu objetivo.

O direito está presente direta e indiretamente na vida dos cidadãos, consumidores, empresários, pais, filhos, fornecedores e na biodiversidade como um todo; logo, fica mais fácil de entender a importância desta disciplina no curso de administração de empresas.