15 de outubro de 2019

A Questão do Amor


Hoje em dia, muito se é comentado sobre o amor, porém não com a mesma abordagem romântica de algumas décadas atrás. O mundo tornou-se mais fluído, as relações mais passageiras e tudo o que aparece nos jornais são tragédias, levando-nos a pensar se o amor realmente existe ou onde ele está em meio a toda essa correria e caos.
Abordar o tema amor é algo complexo, pois, se pararmos para pensar, seu significado e presença na vida das pessoas mudou completamente ao longo dos anos. Há alguns séculos esse sentimento era visto como algo muito belo, puro, somente citado quando se provava o amor real entre as pessoas que o estavam vivenciando, podendo ser reconhecido na época do trovadorismo – onde os homens expressavam seu amor através de cantos para sua amada. Até hoje essa visão consta no cotidiano das pessoas através de filmes, novelas e livros, mas dizemos que é apenas “fantasia”, uma ilusão que podemos vivenciar apenas por esses artifícios.
Considerando a sociedade atual como consumista, o amor foi mais um a sofrer as consequências do descarte rápido. Visto principalmente nas músicas produzidas atualmente, o amor tornou-se complicado. Em alguns momentos ele faz alguém sofrer, em outro caso a pessoa não acredita em sua existência, em mais outro o amor foi passageiro e trocou de parceiro. De alguma forma, esse sentimento deixou de ter credibilidade na vida do ser humano, isso porque o grau de violência, a falta de empatia, falta de conforto e necessidades de mudança constante levaram o homem a uma categoria na qual o amor é apenas algo que te deixa fraco, vulnerável e preso a uma monotonia nem um pouco aceita, principalmente pelos jovens.
Entende-se, assim, que esse sentimento está sendo inferiorizado pela rotina dinâmica e alienante da sociedade, nos restando apenas “suspirar” por aquilo que um dia ele foi: a paixão, a alegria e a valorização do ser humano como pessoa, como companheiro, como alguém capaz de fazer o bem e se sentir bem. A esperança do homem contemporâneo em meio ao caos é de que, um dia, o amor volte como potência, não apenas a tentativa de fazer uma pessoa compreender a outra, mas sim buscar o respeito e a empatia em todos, levando-nos de volta ao tempo que tanto nos trás nostalgia.




Lara Gaia Miranda
15.118.883-6

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