Hoje
em dia, muito se é comentado sobre o amor, porém não com a mesma abordagem
romântica de algumas décadas atrás. O mundo tornou-se mais fluído, as relações
mais passageiras e tudo o que aparece nos jornais são tragédias, levando-nos a
pensar se o amor realmente existe ou onde ele está em meio a toda essa correria
e caos.
Abordar
o tema amor é algo complexo, pois, se pararmos para pensar, seu significado e
presença na vida das pessoas mudou completamente ao longo dos anos. Há alguns
séculos esse sentimento era visto como algo muito belo, puro, somente citado
quando se provava o amor real entre as pessoas que o estavam vivenciando,
podendo ser reconhecido na época do trovadorismo – onde os homens expressavam
seu amor através de cantos para sua amada. Até hoje essa visão consta no
cotidiano das pessoas através de filmes, novelas e livros, mas dizemos que é
apenas “fantasia”, uma ilusão que podemos vivenciar apenas por esses
artifícios.
Considerando
a sociedade atual como consumista, o amor foi mais um a sofrer as consequências
do descarte rápido. Visto principalmente nas músicas produzidas atualmente, o
amor tornou-se complicado. Em alguns momentos ele faz alguém sofrer, em outro
caso a pessoa não acredita em sua existência, em mais outro o amor foi
passageiro e trocou de parceiro. De alguma forma, esse sentimento deixou de ter
credibilidade na vida do ser humano, isso porque o grau de violência, a falta
de empatia, falta de conforto e necessidades de mudança constante levaram o
homem a uma categoria na qual o amor é apenas algo que te deixa fraco,
vulnerável e preso a uma monotonia nem um pouco aceita, principalmente pelos
jovens.
Entende-se,
assim, que esse sentimento está sendo inferiorizado pela rotina dinâmica e
alienante da sociedade, nos restando apenas “suspirar” por aquilo que um dia
ele foi: a paixão, a alegria e a valorização do ser humano como pessoa, como
companheiro, como alguém capaz de fazer o bem e se sentir bem. A esperança do
homem contemporâneo em meio ao caos é de que, um dia, o amor volte como
potência, não apenas a tentativa de fazer uma pessoa compreender a outra, mas
sim buscar o respeito e a empatia em todos, levando-nos de volta ao tempo que
tanto nos trás nostalgia.
Lara
Gaia Miranda
15.118.883-6
Nenhum comentário:
Postar um comentário