8 de abril de 2016

Lamento Cronológico

Da manhã à noite, sigo enjaulado
Quantas horas passadas
No cotidiano indesejado

Olho ao relógio, buscando alento
Acompanhando suas estaladas
Encontro algum divertimento

Volta completa, meio dia acabado
Pelas horas perdidas
Sinto-me meio ultrajado

O tempo não volta? Não há retorno?
Ideias tão desesperançadas
Coisa de louco!

Assim, relógio, lhe peço
Em meu martírio diário
Porque não caminhar
No sentido anti-horário?

Das oito às cinco
Nove não é necessário
Contento-me com três

Fazendo a volta ao contrário

Jeferson de Almeida
Administração SP

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