9 de maio de 2018

Síndrome de Tourette

Guilherme Lobo

Aos meus 8 anos de idade, fui diagnosticado com Síndrome de Tourette. Foi uma surpresa. Tudo começou quando, após várias reclamações dos professores e uma série de problemas na escola (não sabendo do que tratava-se e se haveria cura ou não), meus pais me levaram ao médico, pois não aguentavam mais as queixas de atitudes estranhas em aula. Depois da consulta, foi onde aprendi que tratava-se da TOURETTE - distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques múltiplos, motores ou locais. 
Foi muito difícil na escola e em lugares de lazer. Era impossível assistir um filme com pessoas, afinal os tics nervosos são, de certa forma, perturbadores, mas nunca deixei a doença vencer. Logo, fui aproximando-me mais dela, explicando para as pessoas o que é a Tourette. Muitas dessas pessoas até hoje perguntam-me centenas de dúvidas relacionadas a essa doença, sendo na maioria das vezes engraçadas e outras muito bem formuladas. Podemos dizer que as mais frequentes são: Isso dói? É contagioso? E tem cura?
Claro que eu caio em gargalhadas, mas em diversas vezes respondo a mesma coisa: eu não sinto dores, não é contagiosa e ainda não existe cura. É muito complicado lidar com isso no meu dia a dia. Entretanto, há cerca de 2 anos, venho melhorando significamente a minha ansiedade e meus tics, através da pratica de exercícios e da resiliência nas diversas situações, que é tão importante. Meus tics aumentam quando estou muito ansioso, logo, sempre procuro manter-me calmo no meu dia a dia para assim também manter a síndrome sempre em ponto de paz.          

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