15 de setembro de 2017

Soberania Popular

André Souza Di Matteo

A democracia nos seus primórdios, na Grécia, tinha como ponto principal as reuniões para debate de assuntos determinantes para os rumos da sociedade. A Soberania Popular é um fator novo para o brasileiro, que conviveu durante mais de 20 anos com os abusos da Ditadura Militar. A criação de métodos para inserir os cidadãos de forma contundente, neste formato político, é imprescindível. O voto já não satisfaz as demandas populares, principalmente com o alto índice de atos ilícitos cometidos pelos nossos governantes. Afinal, como inserir o povo na política?

Com a crescente tecnológica, a criação de plebiscitos é essencial para a participação popular, tendo como tema assuntos distintos, por exemplo: políticos, judiciais, econômicos, morais (legalização do aborto, aprovação do porte de armas, reconhecimento do casamento homossexual etc.). Ou seja, temas efervescentes entre os cidadãos.

Essas permanentes votações teriam efeito no longo prazo, pois através do debate, soluções para os problemas seriam identificadas. O aumento da autonomia dos estados e dos municípios é outra medida essencial, partindo do pressuposto que o cidadão tem maior conhecimento do que acontece em sua comunidade, tendo conhecimento do que precisa ser aperfeiçoado.


O Planalto tenta organizar uma reforma política, mas, sem a participação popular, se torna contraditório. Neste momento de crise política, fazer “vista grossa” para a nação não é o caminho a ser seguido. Portanto, fica evidente a importância da participação da população no contexto político nacional. “É o Governo do povo, para o povo, pelo povo”, preceito elaborado na Grécia Antiga que define o que vem a ser um governo democrático, lema este que se faz necessário na situação brasileira, podendo ser a chave para a falta de credibilidade dos parlamentares.

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