15 de setembro de 2017

Alienação? Tô fora...

Leonardo Melo

No livro Por que fazemos o que fazemos?, de autoria do filósofo e escritor Mario Sérgio Cortella, o autor nos indaga sobre nossos propósitos e objetivos, isto é: o que fazemos em nossas vidas tem, em si, algo adiante? Caso a resposta seja “não”, é o momento para começar a se preocupar e entender porque a monotonia e a rotina podem nos tornar infelizes.

No segundo capítulo, denominado Eu robô? Não, Cortella comenta sobre diferenças de sentimentos que podem ser normais ou antinaturais. De semana a semana é comum na vida adulta, estudantil ou de atarefados que a rotina seja naturalmente imposta em nossas vidas, pois ela determina quem você é. O problema não está na repetição, mesmo que seja exaustiva, pois um descanso resolveria e você estaria ali para recomeçar no dia seguinte. O fator determinante do problema não é no “caminho” ou nas “pedras” que fundamentam sua jornada, e sim, como você encara o problema.

Se ao acordar, você se sente cansado, saiba que é comum, pois você tem em mente que esse esforço é necessário para que alcance o objetivo, e no fim, poderá então disfrutar dessa dedicação. Porém, se ao acordar, você não encontra o motivo de fazer determinada atividade – mas o faz por ser necessário – e não encontra seu disfruto futuro – a finalidade do feito –, está então na hora de estabelecer metas.

Para Cortella, desempenhar uma tarefa por necessidade, apesar de frustrante, não é um ponto crucial para aqueles que não tenham objetivos, pois para qualquer busca ou meta, é necessário o esforço; a abdicação de algo; os momentos difíceis e longos. Não existem atalhos, por exemplo: sonhar ser um pintor. É fácil imaginar-se renomado, genial, recebendo lindas mensagens e orgulhar-se de sua imagem. Difícil é entender que, para ser um grande pintor, há uma história, e que no meio dessa história, momentos frustrantes ocorrerão, como: galerias não sendo vendidas; momentos de escassez de ideias; críticas.


O fator crucial então, no meu ponto de vista, diante dos conceitos e comparações feitas por Cortella, é que, imaginar que tudo será fácil, ou viver como um robô – sem saber onde chegar –, é o que te faz sentir frustrações constantes. Estabelecer metas é fundamental, pois o caminho é o mais importante. Ninguém vive de seus sonhos. Vivemos de desafios.

Nenhum comentário:

Postar um comentário