Ana Lucia Pereira da Silva
Eu me lembro das pessoas, como todas conversam entre si e se conheciam, é o que costuma acontecer em uma pequena cidade do interior com poucos habitantes, me lembro dos lugares que frequentava, da natureza abundante e, especialmente, lembro-me das comidas que fazíamos. Nossa culinária sempre dizia muito sobre o povo, desde um café com garapa de cana-de-açúcar aos biscoitos e chimangos. Talvez seja por essa essência de cultura tão introduzida na comida que elas são as coisas que mais remetem as minhas lembranças.
Não é fácil encontrar alimentos como aqueles que existem no nordeste aqui na grande metrópole, mas quando encontrado é como se alguns biscoitos e chá se tornasse o mais maravilhoso banquete e eu estive reunido com minha família novamente. Cada mordida evoca os melhores momentos que eu vive e as pessoas com quem convive, não são fáceis de explicar os sentimentos que a culinária nordestina trás porque simplesmente não há palavras para descrever a sensação. Espero que algum dia a nova geração seja capaz de sentir algo parecido, mas confesso que ainda estou receoso que isso possa ocorrer porque para que se possa ter uma experiência como essa é preciso ter sensibilidade algo ausente nas pessoas atualmente.
Mesmo que eu esteja longe de tudo aquilo que eu amo, quando eu me encontro diante de comidas típicas nordestinas é como se esse manjar me desse a oportunidade de estar perto novamente nem que seja em pensamentos, lembranças e o que só fortalece minhas raízes.
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